Ganhamos pouco, ou gastamos muito?


Temos sempre defendido que a forma como cada um convive com o dinheiro diz muito acerca da sua natureza.
 
E de alguma maneira ligada a este assunto está também a forma como utilizamos o tempo que nos é dado viver em cada dia.
 
Mas retornando ao assunto do dinheiro pensemos um pouco: que bens possuíamos nós quando nascemos? Que bens materiais iremos levar para a eternidade quando o Senhor nos chamar à Sua presença? As respostas a estas perguntas têm apenas uma palavra: “nenhuns”!
 
Se pensarmos por esta perspetiva chegamos à conclusão que nada é nosso, tudo é de Deus.
 
As propriedades, o carro, o dinheiro adquirido pertencem ao Senhor  e nós pertencemos a Deus.
 
Quando realizamos que tudo vem de Deus, passamos a ter uma nova visão da vida.
 
Entendemos assim que o nosso dinheiro é mais do que o fruto do nosso trabalho. No fundo, é o meio que Deus usa para depositar nas nossas mãos aquilo que é Dele. Isto porque Deus é a fonte de todas as bênçãos quer materiais, quer espirituais.
 
Visto desta maneira, somos pois chamados a “gerir” bens que não são nossos.
 
Como a Bíblia nos ensina, somos mordomos dos bens colocados ao nosso cuidado.
 
Sendo pois mordomos é necessário administrarmos com zelo e sem displiscência tudo aquilo que o Senhor nos concede (incluindo o tempo).
 
Somos muito rápidos a julgar as entidades públicas que gerem mal os dinheiros do Estado (que são provenientes, na sua maioria, da captação de impostos e taxas do cidadão comum). Mas, nem sempre (ou quase nunca) temos o mesmo critério em relação aos bens que possuímos, gastando-os perdulariamente para depois vivermos à custa de outros.
 
Um dos princípios mais sábios no nosso relacionamento com o dinheiro é não vivermos acima das nossas posses. Isto é, não podemos gastar mais do que auferimos.
 
E é muito triste vermos crentes que sistematicamente vivem acima das suas posses, confiando no cartão de crédito ou gastando por antecipação tendo em vista subsídios que ocorrerão pontualmente ao longo do ano.
 
Cremos que uma das razões por que alguns crentes tendem a viver acima das suas possibilidades prende-se com a inveja.
 
Quando olham para o lado veem outros com um nível de vida superior ao seu, intimamente desejam também usufruir das mesmas mordomias e benesses.
 
Há outro tipo de crentes que desejando também possuir um nível de vida elevado passam a ter como prioridade na vida possuir dinheiro, e cada vez mais, nunca se sentido satisfeitos com o que possuem.
 
E todos nós sabemos o que a Bíblia diz em relação ao amor ao dinheiro: “é a raiz de todos os males; e nessa cobiça alguns se desviaram da fé, e se traspassaram a si mesmos com muitas dores.” (I Timóteo 6:10).
 
Por causa do amor ao dinheiro assistimos ao alastramento da corrupção em todas as áreas de atividade no nosso país. Por causa do amor ao dinheiro vemos que a criminalidade nos rodeia e aumenta exponencialmente. Por causa do amor ao dinheiro, sabemos que pais se demitem da educação e acompanhamento do crescimento dos filhos para estarem disponíveis para as suas tarefas profissionais. Por causa do amor ao dinheiro quantos casamentos se destróiem devido à subserviência a Mamom.
 
Que Deus nos guarde deste “vírus” epidémico dos nossos tempos e sejamos sábios no nosso “relacionamento” com o dinheiro.
 
Tendo, porém, sustento, e com que nos cobrirmos, estejamos com isso contentes”. I Timóteo 6:8
 
AVO
 

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