Em meu ser habita

Um encontro na providência de Deus

Participação Musical

Participação Musical no
Culto de Baptismos
de 23 de setembro de 2018

E isto...ainda não é nada!



Vivemos tempos muito conturbados.

Quando ligamos a televisão para sabermos as notícias de “cá” e de “lá”, por vezes já nem nos apercebemos da crueldade e violência que campeiam pelo mundo. 

E damo-nos conta a comer bife com a descrição do último atentado suicida cometido num qualquer país em conflito, a deglutir a sopa diante de corpos estraçalhados que resultaram duma revolução algures, ou a apreciarmos um cafézinho no meio de uma reportagem que nos mostra a fome que grassa, por exemplo em países africanos, imagens essas que não nos poupam os olhares distantes de crianças de faces esquálidas cobertas de moscas.

E não se imagine que quando se trata de assuntos mais comezinhos o cenário seja muito diferente. Pelo menos no que diz respeito ao nosso país, o que é que se ouve todos os dias? Médicos (até pediatras!) que extrapolam as suas funções e usam e abusam dos seus doentes, advogados que são presos por corrupção, padres 

que abusam sexualmente de crianças, mães que violentam os seus próprios filhos, autarcas (os tais que são eleitos pelo povo como objetivo de servir o povo) que se apropriam dos dinheiros públicos, médicos, enfermeiros e outros técnicos de saúde a decretarem greves, polícias a deporem as armas, perturbadores da paz e da ordem sem o merecido castigo, delapidação dos bens naturais (pensemos, por exemplo nos fogos que fustigam o país, principalmente no estio) sem que se castigue os infratores, vandalismo de toda a sorte, sem fim à vista, etc, etc, etc. Tudo isto nos entre pela casa adentro quase sem termos tempo para respirarmos.

Então neste mundo, e neste cantinho à beira-mar plantado não se passa nada de bom? Não há gente honesta, íntegra, amiga de fazer o bem, empenhada em construir e não destruir, zelosa de boas obras e repudiando o mal?

Certamente que ainda haverá pessoas com tais sentimentos e com nobres missões de solidariedade, mas... serão cada vez menos e essas notícias não fazem “manchetes” e não criam “shares”, como hoje se ouve dizer, isto é, não despertam interesse e não dão audiências. E hoje a sociedade ocidental (e não só, mas falamos desta porque é aquela onde vivemos) tem como base o lucro (e quanto mais fácil, melhor), os padrões menos elevados, o feio, o brutal, o frenético, o animalesco, enfim tudo aquilo que choca. E quanto mais chocar, mais moderno se torna.

Avizinham-se tempos cada vez mais difíceis, e não nos devemos admirar que tal aconteça porque o Senhor Jesus preveniu-nos para tal. 

Mas ainda estamos, segundo o nosso ponto de vista, no princípio.

Em certo momento, Elias sentiu-se só e com medo, mas Deus lhe fez saber que em Israel havia sete mil almas que não adoravam os ídolos. 

Hoje, também nós podemos ter a certeza que ainda há almas por esse mundo fora que não pactuando com este mundo, gritam: “Maranata”, ora vem Senhor Jesus!
Avo
In Jubilai
Março 2015
 

Baptismos

Baptismos em 23 de setembro de 2018

Olhando além do temporal

 
O autor H.G. Wells escreveu sobre um homem que tinha sido sobrepujado pela pressão e stress da vida moderna. O seu médico disse-lhe que a sua única esperança era encontrar comunhão com Deus. O homem respondeu: “O quê? Ele lá em cima, tendo comunhão comigo? Seria mais fácil pensar em refrescar a minha garganta com a Via Láctea ou sacudir as estrelas com as minhas mãos”. O poeta Thomas Hardy disse que a oração é inútil, pois não há ninguém a quem orar, exceto “aquela coisa sonhadora, escura e muda que gira em torno deste show ocioso”. Voltaire descreveu a vida como uma piada ruim. Ele adicionou: “Desça a cortina; a farsa acabou”. Tal é a blasfémia e o desespero de todos os que insistem que Deus não está envolvido nos assuntos humanos.

Os filósofos gregos e romanos dos dias de Jesus rejeitaram a paternidade de Deus, porque ela contradizia os seus sistemas filosóficos. Os filósofos estóicos ensinavam que todos os deuses são apáticos e não experimentam emoções de modo nenhum. Os filósofos epicuristas ensinavam que a suprema qualidade dos deuses era a completa calma ou perfeita paz. Para manter a sua serenidade, precisavam de permanecer totalmente isolados da condição humana. 

A Escritura refuta todas estas heresias declarando que Deus é um Pai íntimo e cuidadoso. O significado desta verdade é incrível. Ele conquista os teus temores e te conforta em tempos de sofrimento. Ele perdoa os teus pecados e te dá a esperança eterna. Ele derrama sobre ti recursos ilimitados e faz de ti um recipiente de uma herança imperecível. Ele te concede sabedoria e direção através do Seu Espírito e da Sua Palavra. Ele nunca te deixará ou te esquecerá. 

Quando humildemente te aproximas de Deus como teu Pai, assumes a função de um filho que está ávido para obedecer à vontade do seu Pai e receber todos os benefícios da Sua graça. Que isto te leve além das tuas circunstâncias presentes e te motive a habitar no que é eterno. 

Sugestões para Orar:

Agradece a Deus pela alegria e propósito que Ele te dá em cada dia.

Compromete-te a buscar a Sua vontade hoje.

John MacArthur Jr.
In “Monergismo”


A Aliança da Graça e a Evangelização

 
Quando o homem vivia no jardim do Éden, Deus advertiu-o sob pena de morte a que não comesse do fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal. Estava implícito que, se ele permanecesse obediente, viveria eternamente… 

O facto é que o homem caiu e, como consequência, ficou tão corrompido ue daí por diante a perfeita obediência a Deus tornou-se para ele uma impossibilidade. 

Deus, porém, prometeu ao homem decaído um Salvador que iria pagar a pena em que o homem tinha incorrido pela sua desobediência, e iria prestar a Deus, a favor do homem, aquela obediência perfeita que era desde o princípio, e continuou a ser, condição de vida eterna. Tudo o que Deus exigiu do pecador, a fim de poder participar da salvação, foi a fé no Salvador, isto é, a fé viva que se expressa em obras de amor. A isto se chama ALIANÇA DA GRAÇA, a qual foi revelada logo após a queda do homem, como lemos em Gén. 3:15, e firmada formalmente por Deus com Abraão em Gén. 17:7.
Esta Aliança foi sendo progressivamente manifestada ao homem. Embora revelada em estágios, a Aliança da Graça é uma só e continua através dos tempos, englobando os crentes de todas as eras (Gál. 3:7,29). 

Ao estudar a conexão existente entre a Aliança da Graça e a evangelização, talvez seja útil relacionar a Aliança com o decreto da eleição.

A eleição deu-se na eternidade. A Aliança, embora concebida na eternidade, foi estabelecida no tempo e é administrada através da história. 

Na eleição o homem foi totalmente passivo. Na Aliança o homem torna-se ativo: exerce fé ativa em Cristo e, impulsionado pela fé, leva uma vida de obediência reconhecida.

A eleição determina quem deve ser salvo. A Aliança da Graça indica como ser salvo: os eleitos hão de salvar-se pela fé em Cristo, o qual satisfez a justiça penal Divina morrendo no lugar deles na cruz e levando sobre Si a maldição que pesava sobre eles, ganhando igualmente para os eleitos, pela Sua perfeita obediência à lei Divina, os méritos da justiça eterna. Assim, a obediência passiva e ativa de Cristo é a base da salvação dos eleitos, e é pela fé que estes se apropriam de Cristo e de todos os benefícios da salvação por Ele realizada. 

A eleição foi inteiramente incondicional. Não foi condicionada à fé e à obediência do homem. Deus não escolheu os pecadores para a vida eterna sob a condição de estes crerem e obedecerem. Nem escolheu certas pessoas para a salvação por prever que elas iriam crer e obedecer. Em contrapartida, a Aliança da Graça é simultaneamente condicional e incondicional. A salvação está condicionada à fé e à obediência, isto é, somente os que creem em Cristo como Salvador e O honram como Senhor serão salvos. Todavia, estas condições são preenchidas pela Graça soberana de Deus. Antes da fé e da obediência se tornarem atos do homem são dons de Deus (Efé. 2:8-10). 

Deus fez a escolha dos Seus desde a eternidade. Na eternidade decretou que fossem salvos. Igualmente na eternidade decretou o método completo, bem como todos os meios através dos quais eles iriam alcançar a salvação. Ora a realização concreta da salvação dos eleitos por aquele método e através daqueles meios dá-se no tempo. É a esta execução no tempo do decreto da eleição que se chama ALIANÇA DA GRAÇA. 

A fim de que os eleitos pudessem salvar-se, o Filho de Deus tinha de incarnar. Como Mediador entre Deus e o homem tinha de sofrer a ira Divina contra o pecado do homem e de prestar a Deus aquela perfeita obediência em que o primeiro Adão falhara. Tudo isto Ele fez, obtendo assim o merecimento da vida eterna para os eleitos. Todavia, para que estes pudessem ser salvos ou alcançados pela sua salvação era preciso falar-lhes da obra salvadora realizada por Cristo. Era preciso anunciar-lhes o Evangelho e, tendo ouvido o Evangelho, è necessário que eles confiem em Cristo como Salvador e O sirvam como Senhor. Isto acontece quando o Espírito Santo aplica eficazmente o Evangelho ao coração do homem. Só então serão salvos. A salvação dos pecadores é, assim, realizada por meio da ALIANÇA DA GRAÇA.

É, pois, evidente que a prégação do Evangelho é um importante elo da corrente de factos que constituem a concretização da eleição. É mesmo um elo indispensável (Rom. 10:14).
 
 
R.B.Kuiper
In “FÉ Em ACÇÃO”
Julho 198

Finanças



Não é de modo nenhum despiciendo o tema das finanças nas Sagradas Escrituras. Howard Dayton aponta 2.350 versículos que tratam deste assunto, começando em Génesis e terminando em Apocalipse.
Sendo, pois, um tema tão mencionado indica que o nosso relacionamento com Deus influencia de forma significativa a forma como lidamos com o dinheiro.
Uma pessoa, uma família, o sucesso e a estabilidade económica, por si só, não são suficientes para garantir a felicidade. Somente apoiados nos sábios ensinamentos cristãos é possível seguir com segurança e obter êxito na área financeira, sem deixar de ser feliz nos demais aspetos da vida.
Por que é que o dinheiro é tão idolatrado? Talvez pensem que ele pode garantir a segurança e felicidade. Mas isto é um mito. A segurança e a felicidade estão em Deus.
AVO

 

A Justificação pela Fé





Há alguns anos uma sociedade ateísta divulgou um folheto em que descreveu a vida de personagens do Antigo Testamento nestes termos, com todos os seus pecados:

Abraão: prontificou-se a sacrificar a honra da sua esposa para salvar a sua vida.

Jacob: obteve os seus privilégios através da mentira e do engano. 

Moisés: cometeu um homicídio e depois fugiu à justiça.

David: adulterou e cometeu um homicídio.

Referiu que estas pessoas eram chamadas na Bíblia amigos íntimos de Deus e perguntou que tipo de Deus era este que gostava de pessoas assim. Naturalmente a sociedade ateísta baseava-se no princípio: "diz-me com quem andas e eu te direi quem és". Se Deus "andava" com homicidas, mentirosos e cobardes, vemos qual a conclusão que daqui se tira. 

O apóstolo Paulo também sentiu este dilema. Como é que Deus pode ser justo, santo e puro e aceitar homens pecadores (Rom.3:26)? Aqui a Igreja Católica, seguindo o princípio de Agostinho, reafirmado no Concílio de Trento (1545-63), afirma que Deus consegue ser justo e aceitar os homens pecadores porque os torna justos ou santos. Chama este processo justificação: atribui-o à graça de Deus e afirma que é recebida mediante a fé, assim coincidindo verbalmente com a posição reformada. De tal maneira foi notável esta coincidência verbal que no Colóquio de Regensberg, após a Reforma, o luterano Filipe Melanchthon e o contra-reformador católico Gaspar Contarini conseguiram formular um documento aceitável a ambos. Depois levaram o documento às suas respetivas igrejas e estas recusaram. Porquê? O facto é que biblicamente a palavra "justificar" não significa "tornar justo" mas sim "declarar justo". Aqui está o grande dilema até hoje não resolvido entre a Igreja Católica e as Protestantes. A Bíblia usa a palavra num contexto jurídico com o significado de "declarar livre de culpa" (Deut.25:1; Prov.17:15). Em Rom.3:4 Paulo cita Sal.51:4 que fala acerca da justificação de Deus - evidentemente não se trata de tornar Deus justo mas sim de O declarar justo! 
O núcleo essencial do evangelho é que Deus ofereceu Cristo como sacrifício para propiciar (aplacar a santa ira de) Sua própria pessoa (Rom.3:25). O homem não é salvo essencialmente por uma decisão sua mas sim por uma decisão de Deus. O nosso pecado, as ofensas diárias que cometemos em pensamento e ação, e o estado do nosso coração, tornam impossível qualquer aproximação de Deus. Nem sequer O buscamos enquanto estamos neste estado (Rom.3:11). Deus contempla o nosso pecado e contempla o sacrifício perfeito que é a morte do Seu Filho e declara que aceita este como pagamento por aquele. O Seu perdão é recebido mediante a fé que também é dom d’Ele. A fé é-nos imputada por justiça. Foi pela justiça de Cristo que lhes foi imputada que o cobarde Abraão, o mentiroso Jacob, os homicidas Moisés e David foram chamados amigos e íntimos colaboradores de Deus. A nossa justificação em nada difere da deles. A partir da nossa justificação somos também santificados. João Calvino declara que Cristo não justifica ninguém a quem ao mesmo tempo não santifique. A insistência de Tiago de que "a fé sem obras é morta" (2:20) em nada contradiz e de facto confirma a doutrina aqui defendida. A fé necessariamente produz vidas progressivamente transformadas e obras que glorificam a Deus. Mas a justificação em si nada tem a ver com a qualidade da nossa vida, nem das nossas obras.

O Concílio de Trento anatematizou a doutrina da justificação pela fé, independentemente das obras, porque entendeu que não podemos ser tornados justos (isto é, santos e puros) sem nos esforçarmos. E porque entendeu a "fé" não como confiança pessoal mas como assentimento mental. Desde esta perspetiva a fé dos evangélicos parece equivaler à mais pura passividade! Mas entendamos que está envolvido aqui um erro de base sobre o significado das palavras "justificação" e "fé".

O cristão evangélico, sendo declarado justo, sabe que é aceite por Deus. A sua salvação é garantida, não é apenas uma hipótese. O católico considera que está a ser "justificado" (tornado justo) aqui e continuará a sê-lo no Purgatório. Considera quase blasfémia a convicção do evangélico de que pode estar seguro da sua salvação eterna. O cristã

o evangélico está seguro porque no dia em que for chamado à presença de Deus não oferecerá como base para a sua aceitação as suas justiças, ainda manchadas pelo pecado, mas sim a declaração de justiça que lhe é dada em Cristo. Nas suas próprias mãos não levará nada: apontará simplesmente para a cruz de Cristo.

Neste ponto a nossa confiança difere radicalmente da do católico mais sincero. E a prática das nossas obras, expressão de gratidão a Deus, e não tentativa de obter o Seu favor ou acrescentar algo à nossa justificação, serão a garantia visível aos homens da autenticidade desta nossa confiança.


Alan Pallister
In “Fé Em Acção”
Dezembro 1985
 

O que é Vida Eterna?


O ser humano foi criado para amar e glorificar a Deus. O alvo prioritário da nossa vida deve ser o de buscar ao Senhor, tendo e “prosseguindo em ter” uma relação íntima com Deus, porque nunca conseguiremos ter um conhecimento total de Deus nesta peregrinação, na medida em que Deus é inesgotável. A nossa relação com Deus deve ser idêntica àquela que Jesus tem com o Pai. Assim sendo, este alvo além de ser prioritário tem de ser contínuo, reconhecendo porém uma verdade básica: é que o homem por mais que busque por si próprio nunca consegue chegar a Deus;  mesmo tateando (significa que está cego espiritualmente) nunca O consegue alcançar. Aqui reside o drama da humanidade: conhecer a Deus é um alvo imprescindível de ser conseguido pelo homem, e este não o consegue alcançar, embora Deus esteja tão perto dele (Atos 17:26-28).
 
Então na prática como é que este objetivo é cumprido pelo homem? Ouvindo a Palavra de Deus (lendo a Bíblia); recebê-la como o Espírito Santo a interpreta; aceitar as admoestações e exortações, procurando obedecer-Lhe em tudo; reconhecer o amor com que Deus nos ama ao atrair-nos para a Sua comunhão, apesar da nossa rebeldia e pecado. Como não podemos ir até Ele, Deus veio até nós na Pessoa de Jesus Cristo.
Jesus Cristo refere na oração mencionada no capítulo 17 do Evangelho segundo João que a vida eterna consiste no conhecimento por parte do homem de que Deus é o único Deus e Jesus, enviado por Jeová é o Seu Filho e Deus também.
Este conhecimento resume-se a proferir que o Senhor Jeová é Salvador na Pessoa de Jesus Cristo, O Ungido.
O Ungido é por sua vez, o Verbo Eterno, ou Filho Eterno. Este Cristo é desde a eternidade; Ele é Um com o Pai, está no Seu seio desde a eternidade.
Crer nisto (não apenas conhecimento teórico ou intelectual) é ter a vida eterna.
AVO

O que Deus diz sobre o dinheiro


Na Bíblia Deus diz que o dinheiro pode ser uma bênção mas não deve dominar a nossa vida. O dinheiro serve para facilitar a vida mas quando é usado de forma errada pode trazer muitos problemas. A riqueza ou falta dela não serve para medir a espiritualidade das pessoas. Deus aceita e ama tanto o rico como o pobre.

Quando gerido bem, o dinheiro serve para:

Suprir necessidades – com dinheiro podemos comprar as coisas que precisamos para sobreviver, sustentar a família e preparar o futuro

Ajudar outros – dinheiro dado com sabedoria pode ajudar a aliviar o sofrimento de pessoas que estão passando dificuldade – 2 Coríntios 8:13-15 - “Mas, não digo isto para que outros tenham alívio e vós opressão. Mas para igualdade: que, neste tempo presente, a vossa abundância supra a falta de outros, para que, também, a sua abundância supra a vossa  falta, e haja equidade; como está escrito: o que muito colheu não teve demais; e, o que pouco, não teve de menos”.

Realizar a obra de Deus – podemos usar o nosso dinheiro para sustentar a igreja, instituições de caridade ou até para realizar sonhos dados por Deus

Adquirir comodidades o dinheiro também pode servir para diversão e lazer; não é errado desfrutar do dinheiro quando cumprimos também nossas obrigaçõesEclesiastes 5:19 - “E, quanto ao homem a quem Deus deu riquezas e fazenda, e lhe deu poder para delas comer, e tomar a sua porção, e gozar do seu trabalho: isto é dom de Deus”.

Mas, se não tomarmos cuidado, o dinheiro pode trazer vários problemas:

Afastamento de Deus o dinheiro pode tornar-se uma obsessão, um ídolo que nos escraviza, tomando o lugar de Deus nas nossas vidas; o dinheiro deve ser nosso servo, não nosso mestre – Mateus 6:24 - “Ninguém pode servir a dois senhores; porque, ou há-de odiar um e amar o outro, ou se dedicará a um e desprezará o outro. Não podeis servir a Deus e a Mamon”.

Muita preocupação se a nossa confiança está no dinheiro, vamos estar sempre preocupados com o que vai acontecer se não tivermos dinheiro; Deus é a fonte do nosso sustento, mesmo quando não temos dinheiro – Lucas 12:29-31 - “Não pergunteis, pois, que haveis de comer, ou que haveis de beber, e não andeis inquietos. Porque as gentes do mundo buscam estas coisas; mas vosso Pai sabe que precisais delas. Buscai, antes, o reino de Deus, e todas estas coisas vos serão acrescentadas”.

Tentação - 1 Timóteo 6:9-10 - “Mas os que querem ficar ricos caem em tentação e em laço, e em muitas concupiscências loucas e nocivas, que submergem os homens na perdição e ruina. Porque o amor ao dinheiro é a raíz de toda a espécie de males; e nessa cobiça alguns se desviaram da fé e se trespassaram a si mesmos com muitas dores”.

Uma atitude errada perante o dinheiro pode levar a muitos pecados, como arrogância, cobiça, roubo, opressão..

O cristão e o dinheiro

O cristão precisa de ter uma atitude equilibrada em relação ao dinheiro. Não é errado ter muito dinheiro e ser pobre não é ter falta de fé. Deus pode abençoar tanto o pobre como o rico. A Bíblia ensina-nos a viver contentes em todas as situações, na riqueza e na pobreza - Filipenses 4:12-13  -  "Sei estar abatido, e sei também ter abundância; em toda a maneira, e em todas as coisas, estou instruído, tanto a ter fartura, como a ter fome; tanto a ter abundância, como a padecer necessidades. Posso todas as coisas naquele que me fortalece”.

É importante trabalhar para ganhar dinheiro de forma honesta. Lucro fácil logo desaparece e quem enriquece de forma desonesta terá castigo de Deus  Provérbios 21:6 - “Trabalhar por ajuntar tesouro, com língua falsa, é uma vaidade, e aqueles que a isso são impelidos buscam a morte”.

Quem gere seu dinheiro com cuidado e confia em Deus terá sempre o necessário para viver.

Quem é rico deve ser generoso e quem é pobre não deve ter inveja do rico. Deus não nos chamou para viver na miséria; podemos gastar dinheiro em nós próprios. Mas a mensagem de Deus não é focada no dinheiro. O dinheiro não nos ajuda a entrar no Céu e não o podemos levar connosco quando morremos - Mateus 6:19-21 - "Não ajunteis tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem tudo consomem, e onde os ladrões minam e roubam; mas ajuntais tesouros no céu, onde nem a traça nem a ferrugem consomem, e onde os ladrões não minam nem roubam. Porque, onde estiver o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração”.

 
Fonte : Net
In “Respostas Bíblicas

Ganhamos pouco, ou gastamos muito?


Temos sempre defendido que a forma como cada um convive com o dinheiro diz muito acerca da sua natureza.
 
E de alguma maneira ligada a este assunto está também a forma como utilizamos o tempo que nos é dado viver em cada dia.
 
Mas retornando ao assunto do dinheiro pensemos um pouco: que bens possuíamos nós quando nascemos? Que bens materiais iremos levar para a eternidade quando o Senhor nos chamar à Sua presença? As respostas a estas perguntas têm apenas uma palavra: “nenhuns”!
 
Se pensarmos por esta perspetiva chegamos à conclusão que nada é nosso, tudo é de Deus.
 
As propriedades, o carro, o dinheiro adquirido pertencem ao Senhor  e nós pertencemos a Deus.
 
Quando realizamos que tudo vem de Deus, passamos a ter uma nova visão da vida.
 
Entendemos assim que o nosso dinheiro é mais do que o fruto do nosso trabalho. No fundo, é o meio que Deus usa para depositar nas nossas mãos aquilo que é Dele. Isto porque Deus é a fonte de todas as bênçãos quer materiais, quer espirituais.
 
Visto desta maneira, somos pois chamados a “gerir” bens que não são nossos.
 
Como a Bíblia nos ensina, somos mordomos dos bens colocados ao nosso cuidado.
 
Sendo pois mordomos é necessário administrarmos com zelo e sem displiscência tudo aquilo que o Senhor nos concede (incluindo o tempo).
 
Somos muito rápidos a julgar as entidades públicas que gerem mal os dinheiros do Estado (que são provenientes, na sua maioria, da captação de impostos e taxas do cidadão comum). Mas, nem sempre (ou quase nunca) temos o mesmo critério em relação aos bens que possuímos, gastando-os perdulariamente para depois vivermos à custa de outros.
 
Um dos princípios mais sábios no nosso relacionamento com o dinheiro é não vivermos acima das nossas posses. Isto é, não podemos gastar mais do que auferimos.
 
E é muito triste vermos crentes que sistematicamente vivem acima das suas posses, confiando no cartão de crédito ou gastando por antecipação tendo em vista subsídios que ocorrerão pontualmente ao longo do ano.
 
Cremos que uma das razões por que alguns crentes tendem a viver acima das suas possibilidades prende-se com a inveja.
 
Quando olham para o lado veem outros com um nível de vida superior ao seu, intimamente desejam também usufruir das mesmas mordomias e benesses.
 
Há outro tipo de crentes que desejando também possuir um nível de vida elevado passam a ter como prioridade na vida possuir dinheiro, e cada vez mais, nunca se sentido satisfeitos com o que possuem.
 
E todos nós sabemos o que a Bíblia diz em relação ao amor ao dinheiro: “é a raiz de todos os males; e nessa cobiça alguns se desviaram da fé, e se traspassaram a si mesmos com muitas dores.” (I Timóteo 6:10).
 
Por causa do amor ao dinheiro assistimos ao alastramento da corrupção em todas as áreas de atividade no nosso país. Por causa do amor ao dinheiro vemos que a criminalidade nos rodeia e aumenta exponencialmente. Por causa do amor ao dinheiro, sabemos que pais se demitem da educação e acompanhamento do crescimento dos filhos para estarem disponíveis para as suas tarefas profissionais. Por causa do amor ao dinheiro quantos casamentos se destróiem devido à subserviência a Mamom.
 
Que Deus nos guarde deste “vírus” epidémico dos nossos tempos e sejamos sábios no nosso “relacionamento” com o dinheiro.
 
Tendo, porém, sustento, e com que nos cobrirmos, estejamos com isso contentes”. I Timóteo 6:8
 
AVO
 

Leve a igreja consigo para casa

Tenho o privilégio de ter sido apresentada no templo antes de completar um mês de vida. Passei por todas as fases na igreja, fui uma adolescente que cantava, tocava guitarra e teclado com prazer para Deus. Casei-me com um rapaz que conheci que também servia o Senhor, liderando jovens em muitos congressos e apresentei os meus dois filhos ao Senhor. Hoje, já casados, tenho o privilégio de ter meu filho na terceira geração de pastores na família e de ver minha filha, também psicóloga, actuante na obra de Deus ao lado do seu marido.

Não foi fácil. Muitas noites de sábado eram gastas antecipando os biberões e as papinhas para serem levadas no domingo pela manhã. Muitas mudas de roupa foram trocadas no berçário da igreja, pois após a ED havia os inúmeros ensaios e reuniões departamentais. Não foi fácil, mas hoje já tenho saudades.
imagem da internet

Os meus filhos desde cedo entenderam que ir a igreja era mais importante do que ir à escola secular. Não participaram de problemas de exercício ministeriais, foram sempre protegidos contra qualquer tipo de escândalos, de modo a só conhecerem as belezas do evangelho.  Sabiam que frequentar os cultos era parte da rotina, como tomar banho, escovar dentes ou visitar os avós. Nunca questionaram, sempre foram com prazer, continuam  a ir, e a minha oração é que sempre o façam com alegria e gratidão.

Enquanto os seus filhos forem pequenos, não pergunte se querem ir à Igreja ou continuar a dormir. Não há opção entre ir ao culto ou passear, entre frequentar ED ou jogar videogames com os amigos. Não ceda a chantagens ou preguiça, não amoleça a seu coração quando forem a dormir no carro, pois ao acordarem na igreja e encontrarem os amigos frequentes, eles animar-se-ão!

Ter amigos na igreja é muitíssimo mais importante do que ser popular em qualquer outra roda dos amigos.

Contudo, por mais importante que seja cultuar no templo, aprenda a levar a Igreja para casa. Não estou a sugerir falar da igreja ou das suas questões políticas, e muito menos desconsiderar ou apontar erros percebidos pelos líderes e irmãos. Levar a Igreja pra casa é fazer da sua casa uma igreja, um local de comunhão com Deus, um local de adoração, um espaço onde o Espírito Santo possa actuar, tocando e salvando.

Quando estiver sozinha em casa, levante as suas mãos em seu lar e clame a Deus para ocupá-lo. Ore todos os dias nos quartos dos seus filhos, faça culto doméstico com os pequenos. Se seu marido e filhos já jovens não forem evangélicos (ainda…), abrace-os e ore silenciosamente. Acorde de madrugada, e cubra-os com cobertor e com oração.

Ofereça sempre um sorriso, uma oração pela saída e pelo regresso ao lar. Fale com sabedoria sobre o amor de Deus, apresente o plano de salvação de forma simpática, e evite todo tipo de controvérsia que envolva religião.

Leve a Igreja para casa. Apresente o amor de Deus, amando. Explane sobre a paz que encontramos em Jesus, vivenciando a paz que excede todo entendimento. Pregue a alegria da salvação, mantendo um sorriso franco e uma divertida maneira de falar verdades. Ensine sobre o cuidado de Deus sendo a melhor cuidadora, e esteja sempre bem motivada e arrumada, pois temos um Deus que arruma nossa vida e futuro.

Que Deus tenha satisfação em entrar em seu bonito lar; que ele seja convidativo e sereno, arrumado, pacífico e alegre. Se você está em Deus, procurando viver cada dia segundo a Sua vontade, Deus habitará também no seu lar, ajudando-a em todos os momentos a superar as dificuldades que, aqui ou ali, possam surgir.

Elaine Cruz
 In Palavra Prudente

Publicado no jornal Jubilai
Ano XXI, Número 82
3 junho 2018