Justo és, Senhor



JUSTO ÉS SENHOR

A metrificação do Salmo 145:17,18 de João Gomes da Rocha, feita em 1888, é cantada com a melodia JUSTUS DOMINUS, arranjo do Dr. Lowell Mason (1792-1872), ilustre músico e educador pioneiro dos Estados Unidos.
As duas primeiras estrofes são da autoria de João Gomes da Rocha. 
As restantes foram adicionadas por Alzira Viriato Oliveira, para o coro da Primeira Igreja Baptista de Lisboa.




Bondoso Pai


Bondoso Pai

Música de Ludwig Beethoven, arranjo de A.M. in “Antemas Celestes”


Um novo parto

Porque a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós um peso eterno de glória mui excelente (II Cor. 4:17).
Estas palavras deveriam bastar para que nos sentissemos encorajados diante das tribulações e provas que sobrevêm à nossa vida.
Se cremos nas Sagradas Escrituras, como Palavra divina (e Deus não é homem para se enganar ou mentir) devemos compreender bem o sentido profundo desta afirmação de Paulo. Tudo aquilo por que possamos passar nesta vida, por mais desagradável que seja, é algo que se pode caracterizar por “leve” e “transitório”, ou seja, momentâneo, quando comparado com a eternidade, que é um “peso” glorioso.
O que espera o crente na eternidade é a “glória”, e uma glória pesada, isto é, não se pode comparar com algo que nós conheçamos, é mais valiosa do que possamos calcular e não é passageira, mas eterna, algo que também é impossível discernir com as nossas mentes finitas.
As tribulações fazem parte da existência humana. Elas são herança do pecado. E quando a Palavra de Deus nos diz que elas são leves, não significa que o sejam em si mesmas, pois algumas delas são bem dolorosas. Mas elas são comparativamente leves se pensarmos no peso de glória que nos aguarda.
Que Deus nos capacite a analisar as nossas tribulações na sua devida perspetiva.
Fotografia da Net
As tribulações não só nos ajudam a preparar-nos para a glória do porvir, como afastam o nosso coração do amor ao mundo.
Um filho de Deus não deve viver amargurado com a ideia de um dia deixar esta vida.
Quando entrámos nesta peregrinação, também tivemos de deixar o nosso lugar de gestação. O seio materno foi o local próprio para os nossos primeiros meses de vida. Não fazia sentido continuarmos no mesmo local, quando a nossa estrutura física já estava completa e adaptada para vivermos noutras circunstâncias.
O mesmo se passará quando chegar o momento de sermos chamados à presença de Deus. Nessa altura já não fará sentido vivermos neste mundo porque o Senhor já terá desenvolvido a nossa “maturidade espiritual” e estamos prontos para passarmos a viver “noutro local”. Será o nosso próximo “parto”. Não morreremos, mas entraremos noutra vida. Uma vida perfeita, sem morte, pranto, clamor ou dor (Apoc. 21:4).
Assim como nossos pais aguardaram a nossa chegada a este mundo, o nosso Pai do céu estará também aguardando a nossa chegada à Sua presença.
E ouviremos as palavras do nosso Salvador, o Senhor Jesus Cristo:
"Vinde, benditos de meu Pai, possuí por herança o reino que vos preparado desde a fundação do mundo. (Mat. 25:34).
Avo

Vestuário

Por que é que muitas mulheres saem de casa com os ombros desnudos e seios à mostra...? Por que é que elas pintam o rosto, esticam o pescoço e usam todas as formalidades às quais são levadas pelas suas fúteis imaginações? É para honrar a Deus e adornar o Evangelho? É para tornar o cristianismo atraente e fazer pecadores desejarem a salvação? Não, não; pelo contrário, elas o fazem para satisfazer as suas próprias concupiscências…

Creio também que Satanás tem atraído mais pessoas ao pecado de impureza, por meio do esplendoroso desfile de roupas requintadas, do que poderia ter atraído sem a utilização de tais roupas. Fico admirado ao pensar que tais vestes, no passado chamadas vestes de prostitutas certamente não eram mais sedutoras e tentadoras do que as roupas de muitas mulheres cristãs professas dos nossos dias.

Por: John Bunyan (1628-1688)
Fonte: The life and death of Mr. Badman
Citado por: Jeff Polard em “Deus o Estilista”, pág.74

Publicado no jornal Jubilai
Ano XXI, Número 82
3 junho 2018

Mães, aceitem a bagunça

Quando a casa está limpa, ouço um coro de aleluia ao fundo. É incrível. O céu é mais azul, a minha cabeça é mais compreensível e eu sinto como se tivesse espaço na minha mente para sonhar, planear e centrar-me naquilo com o que eu realmente mais me importo na vida.

Porém, ter crianças e manter a casa constantemente limpa é como água e óleo.
imagem da internet

Parece que estou numa busca interminável para manter a ordem e a limpeza em casa. Durante a soneca, assisto a vídeos no YouTube de pessoas a fazer em tempo record, a  higiene das suas casas. Enquanto os YouTubers discutem as suas rotinas de limpeza, vou lavando louças, aspirando e borrifando superfícies.

Ouvi falar de um livro que me ajudaria a desenvolver rotinas para que minha casa pudesse ser sempre impecável. É claro, comprei e li imediatamente, na esperança de que poderia obter uma casa brilhante. Apesar dos meus esforços, continuava aquém. Sentia-me presa na tensão de querer uma casa imaculada e uma infância completa e vibrante para meus filhos. Acabei sempre por ficar ansiosa e insatisfeita com o estado da minha casa e algumas vezes, da minha vida.

Manjedoura limpa
Outro dia, enquanto lia o livro de Provérbios, um versículo me tocou: “Não havendo bois, o celeiro fica limpo, mas pela força do boi há abundância de colheitas” (Pv 14:4).
Obviamente não estou a lidar  com bois ou manjedouras, mas o provérbio ainda ressoava.
No tempo de Salomão a subsistência de muitas famílias dependia dos bois para arar os campos, prover colheitas para comer e vender. Eu posso imaginar como se vivia naquela época e pensar: Só quero a manjedoura limpa uma vez. Pelo amor de Deus, por que é tão difícil ter uma manjedoura limpa? E Salomão essencialmente está a dizer: “Claro, podes ter uma manjedoura limpa (se não houver bois). Se desejas uma manjedoura limpa, livra-te dos animais. Assim ela ficará bonita e limpa. Varre, esfrega, pulveriza, deixa-a agradável e com um cheiro bom.” Mas sem bois, não há colheita. A abundância vem dos animais que sujam a manjedoura. Se queres abundância, tens de aceitar a “bagunça”.

A abundância é desarrumada
Se eu me livrasse das crianças e do marido, teria uma casa perfeitamente limpa. Balcões brilhantes, pisos recentemente aspirados e esfregados, tudo nos seus devidos lugares com desorganização zero. Poderia respirar fundo e desfrutar duma casa adorável e bem organizada.
Porém, o que faltaria? O marido maravilhoso que Deus providenciou para mim. As crianças preciosas que são um tesouro do Senhor. Claro, eu teria as coisas imaculadas. Mas quão solitário! Talvez não tenhamos uma casa que está sempre nova em folha, no entanto, há uma riqueza no nosso lar. Existe vida. Existe abundância.
Provérbios 14:4 tem me ajudado a reformular a maneira como vejo a desorganização. Os brinquedos no chão simbolizam imaginação crescente, explosões de pensamentos enquanto mentes jovens aprendem e crescem. As migalhas no chão depois do almoço são lembretes de que as barriguinhas estão cheias, que Deus tem sido fiel e providenciado o nosso alimento de cada dia. A poeira num ou noutro móvel é uma mensagem visual de que o nosso tempo foi investido noutro lugar. Poderá haver salpicos de água na hora do banho e corridas em torno da casa fingindo que somos comboios. Isso é abundância.
E a abundância não existiria se as crianças que fazem a “bagunça” não estivessem presentes.
Deus está a ensinar-me a olhar além desta desorganização, a olhar na direção da abundância. A olhar para a riqueza e beleza de crianças aproveitando a vida, de momentos felizes com os pais e filhos, de amor e risos ecoando além das paredes. Isto não é fácil, porque eu realmente dou valor a uma casa limpa. Mas eu oro para que o Senhor me faça crescer mais e mais em reconhecimento do que mais importa e em abraçar mais as pessoas do que a perfeição.
No meio da “bagunça”, abrace a abundância.



Autor: Caroline Albanese.
Fonte: www.voltemosaoevangelho.com
Publicado no jornal Jubilai
Ano XXI, Número 82
3 junho 2018

Qual o âmbito e a obra da mulher

O LAR 

Em primeiro lugar e acima de tudo, as mulheres devem ser donas de casa. A mulher foi criada para ser uma ajuda que responda à necessidade do homem. “E disse o SENHOR Deus: Não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma adjutora que esteja como diante dele” (Gn. 2:18) 
“Mulher virtuosa quem a achará? O seu valor muito excede o de rubis. O coração do seu marido está nela confiado; e a ela nenhuma fazenda faltará. Ela lhe faz bem, e não mal, todos os dias da sua vida. Busca lã e linho, e trabalha de boa vontade com suas mãos. É como o navio mercante; de longe traz o seu pão. Ainda de noite se levanta, e dá mantimento à sua casa, e a tarefa às suas servas. Examina uma propriedade e adquire-a; planta uma vinha com o fruto das suas mãos. Cinge os seus lombos de força, e fortalece os seus braços. Prova e vê que é boa a sua mercadoria; e a sua lâmpada não se apaga de noite. Estende as suas mãos ao fuso, e as palmas das suas mãos pegam na roca. Abre a sua mão ao aflito; e ao necessitado estende as suas mãos. Não temerá por causa da neve, porque toda a sua casa anda forrada de roupa dobrada. Faz para si tapeçaria; de linho fino e de púrpura é o seu vestido. Conhece-se o seu marido nas portas, quando se assenta com os anciãos da terra. Faz panos de linho fino, e vende-os, e dá cintas aos mercadores. A força e a glória são os seus vestidos, e ri-se do dia futuro. Abre a sua boca com sabedoria, e a lei da beneficência está na sua língua. Olha pelo governo da sua  casa, e não come o pão da preguiça. Levantam-se seus filhos e chamam-na bem-aventurada; como também seu marido, que a louva dizendo: Muitas filhas obraram virtuosamente; mas tu a todas és superior. Enganosa é a graça, e vaidade a formosura, mas, a mulher que teme ao SENHOR, essa sim será louvada. Dai-lhe do fruto das suas mãos, e louvem-na nas portas  as suas obras.” (Pv 31:10-31). A mulher “virtuosa” era uma dona de casa. 

Paulo exortou Timóteo, o jovem pastor, a ensinar as mulheres a não serem ociosas nem maldizentes, mas que “governem a casa”. “E, além disto, aprendem também a andar ociosas de casa em casa; e não só ociosas, mas também paroleiras e curiosas, falando o que não convém. Quero, pois, que as que são moças se casem, gerem filhos, governem a casa, e não dêem ocasião ao adversário de maldizer;” (1 Tm 5:13-14). Pedro também tinha um pouco a dizer desse assunto, “Tendo uma boa consciência, para que, naquilo em que falam mal de vós, como de malfeitores, fiquem confundidos os que blasfemam do vosso bom porte em Cristo.” (1 Pe 3:16). 
O divórcio e os clubes modernos são perigos que ameaçam hoje a pureza, felicidade e continuidade dos nossos lares porque muitas mulheres não estão dispostas a ser ou fazer o necessário para fazer dos seus lares paraísos aconchegantes com o amor e presença de Deus. A mulher que negligencia a sua vida caseira para fazer qualquer tipo de trabalho público, ou qualquer outra coisa, não está ocupar a esfera designada por Deus nem a cumprir a sua responsabilidade dada por Deus. O seu marido é um estranho entre os homens, vagueando outros lugares vagabundos à noite a procurar uma companhia e amor que ele deveria achar em casa; e seus filhos são uma ameaça para o bem-estar moral da comunidade em que ela vive. A vida caseira é uma das esferas mais negligenciadas do trabalho feminino, pois nenhuma casa  se tornará um lar sem a mulher presente para “governar a casa.” Paulo qualificou que somente mulheres com as seguintes características sejam sustentadas pela igreja: “Nunca seja inscrita viúva com menos de sessenta anos, e só a que tenha sido mulher de um só marido; Tendo testemunho de boas obras: se criou os filhos, se exercitou hospitalidade, se lavou os pés aos santos, se socorreu os aflitos, se praticou toda a boa obra.” (1 Tm 5:9-10), ou seja, elas seriam idosas demais para voltarem a ser mães de novo e estariam sem lar pois os seus filhos já teriam sido criados. Isto nos dá um exemplo marcante da “consistência da Bíblia para com o trabalho feminino”. Deus nunca chama as mulheres a negligenciarem os seus lares ou os seus maridos ou seus filhos para qualquer tipo de trabalho público.

ENSINAR MULHERES 
imagem da internet
A Palavra de Deus proíbe as mulheres de ensinar homens, “Não permito, porém, que a mulher ensine, nem use de autoridade sobre o marido, mas que esteja em silêncio.” (1 Tm 2:12). A Palavra de Deus exorta claramente as mulheres a ensinarem mulheres. “As mulheres idosas, semelhantemente, que sejam sérias no seu viver, como convém a santas, não caluniadoras, não dadas a muito vinho, mestras no bem; Para que ensinem as mulheres novas a serem prudentes, a amarem seus maridos, a amarem seus filhos, A serem moderadas, castas, boas donas de casa, sujeitas a seus maridos, a fim de que a palavra de Deus não seja blasfemada.” (Tt 2:3-5). A razão por que tantas mulheres novas são enredadas hoje nas malhas da escravidão é porque elas não foram ensinadas. A razão por que tantas garotas são conquistadas para a dança moderna sem graça e lasciva é porque mães e outras professoras femininas estão ocupadas demais, procurando fazer trabalho de homens, para ensinar as suas filhas a modéstia e a decência e a castidade. A razão da grande influência dos “filmes” com a sua representação de tentação livre de ter liberdades entre os sexos nos ambientes favoráveis é por causa das mulheres negligenciarem o ensino às suas filhas sobre a dignidade piedosa da sua própria pessoa e a necessidade de impedir a liberdade dos garotos para que preservem a sua própria pureza. A exposição desavergonhada da sua pessoa, pelos vestidos decotados e as saias curtas e também por usarem tão pouca roupa, uma prática muito popular entre muitas mulheres, é um triste comentário da pesarosa negligência das mulheres mais velhas de ensinar as mais novas como se vestir “elegante e castamente”.

HOSPITALIDADE, SERVIÇO, SACRIFÍCIO 
“Tendo testemunho de boas obras: Se criou os filhos, se exercitou hospitalidade, se lavou os pés aos santos, se socorreu os aflitos, se praticou toda a boa obra.” (1 Tm 5:10). Nessa passagem Paulo resume o serviço das mulheres em quatro tópicos:
  1.  Lar – criando os filhos;
  2.  Hospitalidade – exercitando hospitalidade 
  3.  Serviço – lavando os pés dos santos 
  4.  Sacrifício de si mesmo em – tempo, labor, dinheiro para socorrer os aflitos, e outras boas obras. 
“Vindo, porém, uma pobre viúva, deitou duas pequenas moedas, que valiam meio centavo.” (Mc 12:42) 
Essas duas mulheres são bons exemplos de como dar-se a si mesmo. 
“Aproximou-se dele uma mulher com um vaso de alabastro, com unguento de grande valor, e derramou-lho sobre a cabeça, quando ele estava assentado à mesa.” (Mt 26:7). 
Estas mulheres são exemplos maravilhosos de mantermos a casa aberta para os servos do Senhor. 
“E havia em Jope uma discípula chamada Tabita, que traduzido se diz Dorcas. Esta estava cheia de boas obras e esmolas que fazia.” (Act 9:36). “E uma certa mulher, chamada Lídia, vendedora de púrpura, da cidade de Tiatira, e que servia a Deus, nos ouvia, e o Senhor lhe abriu o coração para que estivesse atenta ao que Paulo dizia... E, saindo da prisão, entraram em casa de Lídia e, vendo os irmãos, os confortaram, e depois partiram.” (Actos 16:14,40). “Ele começou a falar ousadamente na sinagoga; e, quando o ouviram Priscila e Áquila, o levaram consigo e lhe declararam mais precisamente o caminho de Deus.” (Atos 18.26). “Levanta-te, e vai para Sarepta, que é de Sidom, e habita ali; eis que eu ordenei ali a uma mulher viúva que te sustente... E Elias lhe disse: Não temas; vai, faze conforme à tua palavra; porém faze dele primeiro para mim um bolo pequeno, e traze-mo aqui; depois farás para ti e para teu filho.” (1 Re 17:9,13). 
As mulheres têm as suas mãos cheias de responsabilidades abençoadas se seguirem o programa de Paulo como resumido acima. 
Paulo foi tão específico em ensinar às mulheres o que elas devem fazer como foi em ensiná-las o que não devem fazer. Se elas insistem em executar as responsabilidades dos homens, estes se acomodarão e não cumprirão as responsabilidades que lhes estão cometidas. Porém, se elas se responsabilizarem pelos seus próprios deveres, os homens farão aquilo para o qual foram criados. E assim cada um cumprirá fielmente o seu papel na sociedade. E esta será equilibrada. 

Autor: Pr H. Boyce Taylor, Sr.
Fonte: www.PalavraPrudente.com.br

Publicado no jornal Jubilai
Ano XXI, Número 82
3 junho 2018