E isto...ainda não é nada!



Vivemos tempos muito conturbados.

Quando ligamos a televisão para sabermos as notícias de “cá” e de “lá”, por vezes já nem nos apercebemos da crueldade e violência que campeiam pelo mundo. 

E damo-nos conta a comer bife com a descrição do último atentado suicida cometido num qualquer país em conflito, a deglutir a sopa diante de corpos estraçalhados que resultaram duma revolução algures, ou a apreciarmos um cafézinho no meio de uma reportagem que nos mostra a fome que grassa, por exemplo em países africanos, imagens essas que não nos poupam os olhares distantes de crianças de faces esquálidas cobertas de moscas.

E não se imagine que quando se trata de assuntos mais comezinhos o cenário seja muito diferente. Pelo menos no que diz respeito ao nosso país, o que é que se ouve todos os dias? Médicos (até pediatras!) que extrapolam as suas funções e usam e abusam dos seus doentes, advogados que são presos por corrupção, padres 

que abusam sexualmente de crianças, mães que violentam os seus próprios filhos, autarcas (os tais que são eleitos pelo povo como objetivo de servir o povo) que se apropriam dos dinheiros públicos, médicos, enfermeiros e outros técnicos de saúde a decretarem greves, polícias a deporem as armas, perturbadores da paz e da ordem sem o merecido castigo, delapidação dos bens naturais (pensemos, por exemplo nos fogos que fustigam o país, principalmente no estio) sem que se castigue os infratores, vandalismo de toda a sorte, sem fim à vista, etc, etc, etc. Tudo isto nos entre pela casa adentro quase sem termos tempo para respirarmos.

Então neste mundo, e neste cantinho à beira-mar plantado não se passa nada de bom? Não há gente honesta, íntegra, amiga de fazer o bem, empenhada em construir e não destruir, zelosa de boas obras e repudiando o mal?

Certamente que ainda haverá pessoas com tais sentimentos e com nobres missões de solidariedade, mas... serão cada vez menos e essas notícias não fazem “manchetes” e não criam “shares”, como hoje se ouve dizer, isto é, não despertam interesse e não dão audiências. E hoje a sociedade ocidental (e não só, mas falamos desta porque é aquela onde vivemos) tem como base o lucro (e quanto mais fácil, melhor), os padrões menos elevados, o feio, o brutal, o frenético, o animalesco, enfim tudo aquilo que choca. E quanto mais chocar, mais moderno se torna.

Avizinham-se tempos cada vez mais difíceis, e não nos devemos admirar que tal aconteça porque o Senhor Jesus preveniu-nos para tal. 

Mas ainda estamos, segundo o nosso ponto de vista, no princípio.

Em certo momento, Elias sentiu-se só e com medo, mas Deus lhe fez saber que em Israel havia sete mil almas que não adoravam os ídolos. 

Hoje, também nós podemos ter a certeza que ainda há almas por esse mundo fora que não pactuando com este mundo, gritam: “Maranata”, ora vem Senhor Jesus!
Avo
In Jubilai
Março 2015
 

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