A boca fala do que o coração está cheio



O trecho abaixo foi extraído com permissão do livro Sábia e Conselheira, de Martha Peace, Editora Fiel.
Não Caluniadoras
“Não caluniadoras” em grego é “me diabolos”Diabolos é a palavra traduzida por Diabo ou Satanás. Significa acusar, repudiar, dar falso testemunho, fazer mexericos. Obviamente, a intriga é um pecado gravíssimo. Muitas vezes, é um pecado socialmente aceitável. É tão fácil deixar aquela mínima informação escapar, especialmente se você estiver aborrecida com alguém. A mulher idosa deve ser integra em relação à informação que uma mulher mais jovem tenha compartilhado com ela. O Seu objectivo deve ser ajudar a mulher mais jovem a agir com rectidão para com aqueles que a magoaram e ofenderam. A mulher de Tito 2 guarda cuidadosamente as suas palavras e não fala muito; ela dá conselhos piedosos, mas não faz intrigas.
Coração com braços, pernas, boca aquele grito em loudhailer — Fotografia de StockGuarda cuidadosamente as suas palavras:
“Da mesma sorte, as mulheres sejam honestas, não maldizentes, sóbrias e fiéis em tudo”. 1 Timóteo 3:11
Ontem fui ao correio e encontrei uma senhora da minha classe de estudo bíblico. O filho dela sofrera uma fractura séria na perna, e conversámos sobre esse acidente. Um senhor chegou e entrou na fila atrás de nós. Percebi que ele achava que nós estávamos na fila, mas não estávamos, então lhe disse: “senhor, nós não estamos na fila, estamos apenas conversando”. Ele riu e disse: “Eu sei como as mulheres são. Tenho cinco irmãs e sou o único filho homem. Tenho uma esposa e quatro filhas!” Ele estava brincando connosco, mas de facto, ele tinha razão. As mulheres realmente gostam de falar! É claro que não há nada de errado em conversar, a menos que não se tenha cuidado com as palavras. O critério bíblico para as palavras que você diz pode ser resumido nestes três princípios: fale palavras edificantes, fale a verdade e fale palavras de boa reputação.
Palavras edificantes
“Não saia da vossa boca nenhuma palavra torpe, mas só a que for boa para promover a edificação, para que dê graça aos que ouvem.”
Efésios 4:29
A boa palavra edifica os outros. Ela, não é uma forma falsa ou manipuladora de elogio. A palavra deve ser dita com o intuito de ajudar o outro a ser forte no Senhor ou a assemelhar-se mais ao Senhor Jesus Cristo. Pode ser uma palavra de encorajamento ou de exortação. Depende do que seja mais apropriado. Tais palavras honram ao Senhor e possuem propósito eterno e valioso.
A mulher descrita em Tito 2 deve estar repleta da Palavra de Deus, se ela deseja verdadeiramente edificar os outros. O seu desejo deve ser o de ajudar a outra pessoa a assemelhar-se a Cristo. Ela deve ser sensível, “só a que for boa” (Efésios 4:29). O propósito da palavra é transmitir “graça aos que ouvem” (Efésios 4:29). A suas palavras são boas e benevolentes aos que a ouvem, e não torpes. Torpe é o mesmo que apodrecido. Compare os seguintes exemplos de “palavra torpe (apodrecidas)” com a “palavra benevolente (boas)”.
A Mulher de Tito 2 fala palavras de edificação. As suas palavras transmitem graça aos que a ouvem. Elas não são torpes. Elas são também verdadeiras.
Palavras verdadeiras
“Por isso, deixando a mentira, fale cada um a verdade com o seu próximo, porque somos membros uns dos outros”. Efésios 4:25
Paulo escreveu à igreja em Éfeso que não era suficiente deixar de mentir, apenas; eles também deveriam falar a verdade. Às vezes, nós não falamos uma mentira com todas as letras, mas, de certa forma, mentimos ao omitirmos parte da história, por enganarmos ou  por qualquer outra razão.
Quando trabalhei no Atlanta Biblical Counseling Center, tive clientes que me mentiram, descaradamente. Às vezes, os resultados eram trágicos, porque eu dei conselhos com base naquilo que acreditava ser a verdade. Mas o meu conselho teria sido diferente se eu soubesse a verdade.
Outros clientes não mentiam abertamente, mas usavam uma táctica do tipo “se ela não me perguntar, eu não direi”. Obviamente, eram tão enganadores quanto aqueles que mentiam abertamente. Assim como alguns dos meus clientes, é muito fácil sermos caluniadores, escondendo parte da verdade ou, é claro, mentindo abertamente. Mas devemos fazer o contrário, as palavras que dizemos têm de ser verdadeiras.
Contudo, uma palavra de precaução: entenda que, mesmo quando falamos a verdade, ainda assim, podemos caluniar o nosso próximo. Mesmo falando a verdade, você pode dar mau testemunho ao invés de bom testemunho.
Palavras de “boa fama”
Ao guardar cuidadosamente as suas palavras, considere se aquilo que você está para dizer é de “boa fama” (Filipenses 4:8). Pensamentos e, subsequentemente, palavras de boa fama não levam à calúnia ou difamação, mas favorecem a reputação do outro. Estes são os tipos de pensamentos com os quais devemos ter muito cuidado. De outra maneira, poderemos dar falso testemunho e nos tornarmos aquilo que Tito 2:3 diz para não sermos – caluniadoras.
Se há algo sobre a outra pessoa que possa difamá-la, vá até ela e fale sobre isso. A sua conduta deve ser amável e gentil, contudo clara, verdadeira e direta. Seja alguém que transmita esperança, e não um mau testemunho. Não seja caluniadora.
Além de guardar cuidadosamente as suas palavras…

 Martha Peace é formada em enfermagem pelo Grady Memorial Hospital School of Nursing. Desenvolve seu ministério na área de aconselhamento...

Cântico de Natal

5 razões para cantar hinos antigos


Antes de entrar no assunto, devo assumir desde já o meu “pré-conceito”. Tenho uma predileção assumida e quase absoluta por hinos antigos. Não sou contra corinhos e canções contemporâneas, mas há algo nos hinos que parece falar mais ao meu coração do que as composições atuais.

Desde já quero deixar claro que o que escrevo não é uma exortação, muito menos algo que deva ser tomado como regra. Quero apenas ressaltar composições que não recebem o devido valor, pois uma devida atenção aos hinos “antigos” é necessária e traz tremenda riqueza e benefício não só para o canto congregacional como para a vida devocional de cada cristão. Aqui estão cinco razões pelas quais devemos cantar e valorizar os antigos hinos da Igreja:

Os hinos, em sua maioria quase absoluta, têm um conteúdo superior às composições contemporâneas

Esta afirmação não é uma avaliação doutrinária ou uma crítica às tendências e ênfases de cada época, muito menos uma tentativa de menosprezar a produção musical contemporânea. Há várias ótimas composições atuais que merecem ser incluídas no nosso louvor. Porém, podemos rapidamente observar e constatar que, em geral, hinos têm um conteúdo superior ao que se produz hoje.

A razão disso é muito simples, e ela nada tem a ver com a qualidade dos compositores de séculos atrás. Infelizmente, hoje produz-se muita heresia em forma de cântico. Isso quer dizer que não havia heresias ao longo da história? Sempre houve! Aliás, muitas heresias atuais nada mais são que velhos desvios requentados. A razão de quase não encontrarmos hinos fracos em teologia é que, ao longo do tempo, eles foram esquecidos pela Igreja. Não tenho dúvidas de que alguém no interior da Inglaterra ou Alemanha, por exemplo, compôs algum equivalente ao nosso “dá vontade de pular” ou “minha vitória vai ter sabor a mel”. A questão é que, com o tempo, somente as músicas de conteúdo forte permaneceram.

Os hinos que conhecemos hoje sobreviveram ao teste do tempo e, consequentemente, ficamos com o melhor do que foi produzido ao longo dos anos. Da mesma maneira, há algumas canções compostas recentemente que devem ser utilizadas por um bom tempo, pois merecem ser cantadas por ter conteúdo de qualidade!

Os hinos ampliam a nossa noção do Corpo de Cristo

O canto congregacional, o acto de reunir-se como Igreja, de unir a nossa voz a um coral de outras vozes serve para ilustrar que não estamos sós perante Deus. A dinâmica de levantar a minha voz em louvor junto com os meus irmãos é algo que me mostra que não estou só, que faço parte de um corpo, que pertenço a Cristo e a toda uma comunidade de fé.

Mas ao cantarmos hinos compostos antes do nosso tempo, creio que honramos aqueles que nos antecederam. Da mesma forma que hoje fazemos proveito de textos escritos por Agostinho, Calvino e tantos outros que viveram antes de nós, fazemos bem em buscar nas fontes antigas hinos que falam de outras gerações.

Ao pensar no coro celestial que louva incessantemente a Deus na sala do trono, imagino-me um dia a cantar e louvar junto da minha esposa, meu irmão, meus pais, meus avós, os avós dos meus pais, C.S. Lewis, Martinho Lutero, o Apóstolo Paulo... e por tantos mais! Estaremos todos juntos! Mais de dois mil anos de Igreja, o Corpo de Cristo ao longo da história, reunido e louvando numa só voz! Cantar os hinos escritos pelos nossos antepassados é como uma pequena amostra da união e extensão do Corpo.

Os hinos são testemunhos daqueles que vieram antes de nós

O leitor conhece a história de Horatio Spafford? Já ouviu falar de John Newton?

Spafford, um advogado americano, perdeu as suas três filhas num naufrágio. Ao passar pelo local onde elas teriam naufragado, ele compôs o hino “Se paz a mais doce eu puder desfrutar, se dor a mais forte sofrer; ó, seja o que for, tu me fazes saber que feliz com Jesus sempre sou!”

Newton, por sua vez, era um ateu e libertino que trabalhava no mercado de escravos. Durante uma travessia, o seu navio começou a afundar-se e ele orou a Deus dizendo que, se Ele o salvasse, abandonaria o seu negócio. Ele chegou até a lutar pela causa abolicionista. Mas naquele barco, após

sobreviver, ele compôs as seguintes linhas: “Preciosa graça de Jesus que um dia me salvou. Perdido andei sem ver a luz, mas Cristo me encontrou!”

Estes são apenas dois hinos que testemunham a obra de Deus na vida de homens alcançados e transformados pelo Espírito Santo. Esses hinos contam uma história. Assim como a famosa “galeria da fé” de Hebreus, quero unir a minha voz à dos meus irmãos e testemunhar dessa graça tão maravilhosa que me alcançou e me transforma a cada dia. Que tesouro riquíssimo temos nas mãos quando reunimos os testemunhos cantados ao longo da história!

Os hinos fazem parte da identidade da Igreja

Há alguns anos atrás, um grupo de jovens veio conduzir o louvor na minha igreja e esqueceram das transparências, as letras que iam cantar (não sou tão velho assim, mas na minha época de adolescente e jovem, projector era coisa de igreja sofisticada e com recursos). Eles  perguntaram-me se eu teria as letras que queriam e fiz uma piada: “A letra mais recente que temos é a de A ti, ó Deus, fiel e bom Senhor... .” Eles não riram e fizeram cara de que não faziam a mínima ideia do que eu estava a falar. Cantarolei algumas linhas e... nada. Fiquei chocado ao saber que um hino que cantei durante toda a vida, que meu pai também cantou, era-lhes desconhecido.
Por mais que a Igreja não tenha um único hino como um hino nacional oficial (embora muitos reformados mais entusiasmados gostassem que fosse “Castelo Forte”), as músicas compostas ao longo dos séculos servem para contar justamente esta história! A própria composição de Martinho Lutero remete à Reforma Protestante, o contexto no qual foi escrita. Ou também o caso dos escravos negros nos Estados Unidos que cantavam os seus spirituals, canções que remetiam à esperança de um lar onde não houvesse mais sofrimento. Assim como esses, os hinos da Igreja contam a nossa história, história esta que está a ser escrita desde Adão! 
E as nossas composições atuais? Bem, as que valem a pena ser cantadas são a nossa contribuição a este rico legado musical que temos. Tenho para mim que um cristão que não conhece a música, os hinos, as orações do seu povo, precisa urgentemente de conhecê-los a fim de fortalecer a sua fé e edificar a sua alma junto de um povo que já existe há mais de dois mil anos.

Não se ouve na rádio

Não é porque uma música toca na rádio que ela é má (nem boa). Mas eu gosto de uma música que seja diferente do que costumo ouvir. A música do louvor não deveria ser abordada como qualquer outra, como uma música que toca enquanto dirigimos simplesmente como pano de fundo.

Creio que os hinos são únicos e por causa da sua estrutura e musicalidade diferente, são uma maneira pedagógica de nos habituar a encarar o canto congregacional como um tipo diferente de música. Há todo um andamento, uma métrica e harmonia que contribuem grandemente para o louvor congregacional e a postura que devemos assumir ao louvarmos a Deus. Não que devamos ignorar e deitar fora qualquer coisa que se assemelhe ao que é contemporâneo e secular. Só não creio que devamos cantar apenas isso. Um louvor formado por canções de diferentes épocas e com estilos variados oferece-nos a oportunidade de expressar diversas facetas e dinâmicas de adoração, desde um hino com um andamento de marcha que nos convoca para louvar até uma balada cuja letra mais triste fala de quebrantamento e contrição, por exemplo.

Eu amo os velhos hinos! Em várias ocasiões já fui renovado por meio deles. Fico sinceramente incomodado quando vejo tantos que os descartam como apenas “aquela música que minha avó ouvia...”. Essas canções compostas ao longo da história são preciosidades que temos o privilégio de cantar ainda hoje! Espero que tenha conseguido passar para si, caro leitor, um pouco do significado que este legado musical tem para mim, e que creio que pode lhe fazer muito bem também.

Numa Estrebaria Rude

Consequências do Natal

O que é o Natal



Quando pensamos no Natal, vem-nos à mente a passagem no Evangelho de Lucas onde lemos sobre o nascimento de Jesus em Belém. Pensamos num tempo de alegria, de paz, de amor para com os outros.

Mas afinal o que é o Natal?

Olhemos para o versículo mais conhecido de toda a Bíblia, João 3:16

“Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o Seu Filho unigénito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.”

Este versículo diz-nos três coisas acerca do Natal.

Primeiro: O que é o Natal? Porque celebramos o Natal?

Celebramos o Natal, ou seja, celebramos a dádiva que Deus fez do Seu Filho. “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o Seu Filho…”. No Natal celebramos o dom gracioso de Deus, que da glória nos enviou o Seu Filho. É isso que o Natal representa e por isso nos congregamos no dia 25 de dezembro para agradecer esta dádiva maravilhosa.

Segundo: Qual a causa do Natal?

Foi por amor ao mundo …”Porque Deus amou o mundo…”. Não havia motivo nenhum para Deus amar o mundo, a humanidade no seu estado de pecado. Nenhum de nós merecia o amor de Deus. Mas Ele nos amou de tal maneira, que nos deu o que tinha de mais precioso.

Terceiro: Qual o propósito do Natal?

Deus não tem prazer na morte do ímpio, por isso o propósito de enviar Seu Filho foi para que “… todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.”

Celebremos o Natal com alegria, gratos pelo amor de Deus revelado na pessoa de Seu Filho.


Sílvia Mourão
Fonte: Voltemos ao Evangelho


5 Sinais de maturidade espiritual


Deixe-me começar por dizer que não é errado para um novo crente ser imaturo, assim como não é errado para uma criança ser infantil.

A infantilidade só é irritante num adulto. Quando uma criança de quatro anos veste uma capa, uma cueca sobre a calça, alegando ter visão raio-x, isso é fofo. Quando o seu pai faz isso, é preocupante (ou insanidade).
Quando você já é crente há muitos anos, mas falta-lhe alguns dos indicadores que se seguem, isso é preocupante.
Crentes maduros possuem estes 5 indicadores…
1. Um desejo por alimento sólido
É bom aproveitar o leite do evangelho em todas as refeições. Mas alguns cristãos orgulham-se de si mesmos por se focaram apenas no evangelho, não se interessando pelas doutrinas mais profundas. O amor pela doutrina pode ser adquirido com o passar do tempo, e sempre permanecerá num crente maduro.
O autor aos Hebreus repreende seus leitores por causa da relutância em mastigar.
Hebreus 5. 11: A esse respeito temos muitas coisas que dizer e difíceis de explicar, porquanto vos tendes tornado tardios em ouvir. 12 Pois, com efeito, quando devíeis ser mestres, atendendo ao tempo decorrido, tendes, novamente, necessidade de alguém que vos ensine, de novo, quais são os princípios elementares dos oráculos de Deus; assim vos tornastes necessitados de leite e não de alimento sólido. 13 Ora, todo aquele que se alimenta de leite é inexperiente na palavra da justiça, porque é criança. 14 Mas o alimento sólido é para os adultos, para aqueles que, pela prática, têm as suas faculdades exercitadas para discernir não somente o bem, mas também o mal.
A refeição de uma criança precisa ir ao liquidificador durante os primeiros meses de vida. Quando uma pessoa normal de 21 anos pede para a mãe alimentá-lo com batata esmagada, isso é assustador e disfuncional.
2. Uma impermeabilidade a ofensas pessoais
É raro um crente maduro sentir-se ofendido. A ofensa é apropriada ao crente em qualquer ataque à glória de Deus, como quando o zelo pela casa de Deus consumiu Jesus e Ele usou um chicote na corrupta zona comercial do templo por causa dos animais que ali se transacionavam.
Mas um crente maduro não fica pessoalmente ofendido de maneira tão fácil. O crente maduro entende que quando alguém peca contra eles, há coisas maiores em jogo do que os seus próprios direitos pessoais como, por exemplo, a glória de Deus, o relacionamento do outro com Deus, etc.
Veja Paulo. Quando ele já não podia atrair uma multidão (estando preso por causa do evangelho e tal…), pregadores rivais aproveitavam a ocasião para pregar o evangelho em competição com Paulo. Ele não se tornou insolente. Muito pelo contrário, ele parecia animado com a notícia de que o evangelho estava sendo pregado. Isso é maturidade!
Filipenses 1.15: Alguns, efetivamente, proclamam a Cristo por inveja e porfia; outros, porém, o fazem de boa vontade; 16 estes, por amor, sabendo que estou incumbido da defesa do evangelho; 17 aqueles, contudo, pregam a Cristo, por discórdia, insinceramente, julgando suscitar tribulações às minhas cadeias. 18 Todavia, que importa? Uma vez que Cristo, de qualquer modo, está sendo pregado, quer por pretexto, quer por verdade, também com isto me regozijo, sim, sempre me regozijarei.
3. Uma consciência informada pelas Escrituras, não por opiniões
Quando você é um recém-convertido, é natural ter um pêndulo oscilando em aversão a qualquer coisa associada com o seu antigo estilo de vida. Isso pode ser saudável. Mas, à medida que se vai tornando mais maduro, você vai criando uma visão mais balanceada sobre liberdade. Se Jesus diz que algo está “ok”, então você não vai ficar chateado quando alguns cristãos aproveitam essa liberdade.
Romanos 14.1: Acolhei ao que é débil na fé, não, porém, para discutir opiniões. 2 Um crê que de tudo pode comer, mas o débil como legumes; 3 quem come não despreze o que não come, e o que não come não julgue o que come, porque Deus o acolheu.
Eu amo vegetarianos – sobra mais carne pra mim. Porém, quando um crente se abstém da liberdade legal pensando que isso o torna mais aceitável em relação a Deus, isso é um sinal de imaturidade. Quanto mais você cresce no seu entendimento sobre graça, menos se incomoda quando as pessoas ignoram normas religiosas feitas por homens. Você pode continuar a escolher abster-se, mas a sua consciência não é atormentada pelo conhecimento de que outros cristãos participam do que você evita.
4. Uma sensação de humilde surpresa quando usado por Deus no ministério
Deus usa pecadores para fazer o Seu trabalho por uma boa razão: não há mais ninguém para Ele escolher. Alguns pecadores são usados poderosamente. Um crente maduro vai sempre sentir-se humilde pela sua eficácia no ministério de Deus. Frequentemente, no entanto, o mesmo privilégio vai inflamar o ego de um crente imaturo.
1 Timóteo 3:6: Não seja neófito, para não suceder que se ensoberbeça e incorra na condenação do diabo.
O pressuposto de Paulo é que um novo convertido – que é mais provável ser imaturo – quando usado no ministério de Deus, não vai possuir a sensação de surpresa e humildade que são sinais de maturidade.
Compare isso com a própria atitude de Paulo, de que ele é o principal dos pecadores, usado apenas como meio para mostrar a extensão da misericórdia de Deus (1 Tm 1:15). Ele considerava-se a si mesmo como improvável e inadequado vaso que foi abençoado por abrigar temporariamente o tesouro inestimável dos dons de Deus (2 Co 4:7).
5. Tendência de dar crédito a Deus pelo crescimento espiritual, não a homens
O nosso mundo é uma arena para idolatria. “American Idol” (Ídolo Americano) é o nome mais adequado e o tributo descaradamente honesto para a nossa cultura de celebridades. Os nossos corações são orientados a adular e a adorar. Um crente imaturo luta para quebrar o hábito de idolatrar pessoas, mas transfere a sua adulação pelas celebridades do mundo para celebridades espirituais.
Quer seja um pedestal para o seu pastor, ou uma desordenada reverência por João Calvino, ou qualquer outro sintoma, a imaturidade falha em dar a credibilidade devida ao poder de Deus no Seu trabalho.
1 Coríntios 3:4: Quando, pois, alguém diz: Eu sou de Paulo, e outro: Eu, de Apolo, não é evidente que andais segundo os homens? 5 Quem é Apolo? E quem é Paulo? Servos por meio de quem crestes, e isto conforme o Senhor concedeu a cada um. 6 Eu plantei, Apolo regou; mas o crescimento veio de Deus. 7 De modo que nem o que planta é alguma coisa, nem o que rega, mas Deus, que dá o crescimento.
Experientes donos de cavalos de corrida têm respeito por bons jóqueis, treinadores, e veterinários, mas todos entendem que o factor principal para uma vitória é o cavalo. Respeitamos bons pregadores, escritores, comentaristas, e mentores espirituais, mas, devemos reconhecer Quem está por detrás de qualquer vitória no seu ministério.
Fique com este pensamento: na minha vida, qualquer imaturidade residual em qualquer uma destas áreas irá desembocar na minha “caixa de entrada” espiritual. Sou confortado em saber que sou uma obra em progresso e me agarro à Filipenses 1:6: Estou plenamente certo de que aquele que começou boa obra em vós há de completá-la até ao Dia de Cristo Jesus.
Fonte: iPródigo

Pensa nisto...



O leitor já viu um passarinho a dormir num galho ou num fio, sem cair? Como é que ele consegue isso? Se nós tentássemos dormir assim, iríamos cair e partir o pescoço.
O segredo está nos tendões das pernas do passarinho. Eles são construídos de forma que, quando o joelho está dobrado, o pezinho segura firmemente qualquer coisa. Os pés não irão soltar aquela coisa enquanto ele não desdobrar o joelho para voar. O joelho dobrado é o que dá ao passarinho a força para segurar qualquer o galho ou o fio.
É uma maravilha, não é? Que desenho incrível que o Criador fez para segurar o passarinho. Mas, não é tão diferente em nós. Quando o nosso “galho” na vida se torna precário, quando tudo está a ameaçar cair, a maior segurança, a maior estabilidade nos vem de um joelho dobrado - dobrado em oração.
É Ele quem renova as tuas forças e, se cuida de um passarinho, imagina o que não fará por ti, o Seu filho amado, basta CRERES!
"Se permanecerdes em mim e as minhas palavras permanecerem em vós, pedireis o que quiserdes e vos será feito" João 15:7
"Lançai sobre Ele toda a vossa ansiedade, porque Ele tem cuidado de vós" 1 Pe 5:7
Salmo 34:15-18.
    Harvest Field of the Dakotas, Jack Outhier, Editor

O mundo no tempo do nascimento de Jesus


mapa 11 da BíbliaPouco antes do nascimento de Jesus, o mundo já se havia rendido à sabedoria ateniense e à família romana. Roma conheceu neste período momentos de harmonia, paz e prosperidade, como nunca antes. O imperador Caio Júlio César Otávio alcança o poder depois do assassinato do seu pai adotivo, Júlio César. Após a morte deste, Roma mergulha em profunda perturbação. Mas logo aparecem os primeiros êxitos de César Augusto ou Augusto, nome adotado pelo governante romano, com a instauração do triunvirato – divisão do poder entre ele e dois amigos de César, Marco António e Lépido. Depois de vários conflitos entre eles, Augusto torna-se o senhor de Roma e o artífice de uma era de progresso intenso, com a proliferação de templos e monumentos importantes; a paz disseminou-se por todo o Império, até à mais remota província. Artistas e empreendedores multiplicam-se pela cidade dos Imperadores, as leis são renovadas e a educação conhece avanços anteriormente desconhecidos. Nesta altura despontam mentes brilhantes e criativas, como Virgílio, Horácio, Ovídio, Tito Lívio, Mecenas, entre outros.
É nesse contexto que nasce Jesus Cristo, o Messias anunciado. A concepção de um Messias é historicamente antiga, embora seja sempre associada ao judaísmo. Mas, ao estudarmos as religiões antigas, encontramos em várias civilizações esta crença ancestral. Entre os judeus este conceito aparece entre os séculos
IV e III a.C, na literatura que contém as profecias. Na tradição hebraica, portanto, Ele é o enviado de Javé, com o propósito de estabelecer no mundo o Reino de Deus. Uma tradição nascida entre os Macabeus, família judaica que, entre 140 a.C. e 37 a.C., liderou uma rebelião contra os selêucidas e deu início a uma dinastia real na Judéia, governando Israel até a dominação romana, acreditava que o Salvador seria o libertador da cidade do jugo de Roma. Mas enquanto o povo aguardava um revolucionário, o profeta Isaías anunciava a vinda de um Messias de natureza espiritual, que nasceria de uma virgem, sofreria terríveis dores e uma morte cruel, para salvar a Humanidade.

Fonte Net

A Bíblia e a história do Natal

Para entendermos a história do Natal, precisamos de retroceder no tempo. Não retroceder apenas alguns milhares de anos até o nascimento de Jesus, mas precisamos de fazer todo caminho de volta, até aos nossos primeiros pais, Adão e Eva. Deus colocou-os no exuberante e perfeito jardim do Éden. Eles tinham tudo o que precisavam. Era perfeito. Porém, eles pecaram. Como consequência, Deus expulsou-os do Paraíso. Agora, Adão e Eva viviam sob a maldição. Mas, ao mesmo tempo que Deus pronunciou a maldição, trovejando desde o céu, Ele também lhes deu uma promessa.
Deus deu a Adão e Eva a promessa de uma Semente, uma Semente que nasceria de uma mulher. Aquela Semente rectificaria tudo o que estava errado. Ela tornaria íntegro tudo o que havia sido quebrado. Essa Semente traria paz e harmonia onde a discórdia e os conflitos assolavam como um mar agitado pela tempestade.
No Antigo Testamento, o terceiro capítulo do primeiro livro, Génesis, fala-nos sobre conflito e inimizade. Adão e Eva, que conheciam apenas a experiência da tranquilidade, agora estavam presos em conflito amargo. Até mesmo o solo se tornaria um desafio. O ser afligido pelos espinhos seria uma lembrança constante. Até a Semente prometida entraria nesse conflito, lutando contra a Serpente, o grande arruinador. Mas Génesis 3 promete que a Semente venceria a Serpente, assegurando a vitória final e inaugurando a paz contínua.
A Semente, no entanto, demoraria a vir.
Adão e Eva tiveram Caim e Abel, e nenhum destes era a Semente. Quando Caim matou Abel, Deus deu Sete a Adão e Eva, um pouco de graça num mundo muito atribulado. Mas Sete não era a Semente. Seguiram-se mais filhos. Gerações vieram e gerações passaram.
Até que Abraão surgiu no palco do mundo. Deus chamou esse homem nos tempos antigos para fazer dele e da sua esposa, Sara, uma grande nova nação que seria um farol de luz para um mundo perdido e sem esperança. Mais uma vez Deus faz uma promessa, agora a esse casal: uma Semente, um filho. Eles pensaram que era Isaque. Mas Isaque morreu.
Esta história repetiu-se de geração em geração, antecipando aquele que viria, o qual rectificaria todas as coisas e traria a paz. Até uma viúva chamada Noemi e sua nora também viúva, Rute, entraram nesta história. Elas viviam em circunstâncias desesperadas. Não havia redes sociais para registar o declínio de tais pessoas marginalizadas no mundo antigo.
Sem maridos e filhos, sem direitos e recursos, as viúvas viviam de refeição em refeição. Elas viviam por um fio de esperança. Então, veio Boaz. Boaz conheceu Rute e eles casaram-se. Em pouco tempo, um filho, uma semente, nasceu a Rute. Esse filho seria um restaurador da vida, um redentor. Mas ele era apenas uma sombra da Semente por vir. Ele também morreu.
O filho nascido de Rute e Boaz recebeu o nome de Obede, que teve um filho chamado Jessé. Jessé teve muitos filhos, e um deles era pastor. Uma vez esse pastor pegou num punhado de pedras e derrubou um gigante. Ele enfrentou leões. Ele também era um músico. Para surpresa de todos, até mesmo de seu pai, esse filho de Jessé, bisneto de Rute e Boaz, foi ungido rei de Israel.
Enquanto David estava no trono, Deus deu outra promessa directamente a ele. Era outra promessa sobre um filho. Deus disse que o filho de David seria rei para sempre e que o seu reino não teria fim. Essa era a promessa de Deus.


Por: Stephen Nichols. 
Tradução: Camila Rebeca Teixeira.
Revisão: William Teix








O nascimento virginal



Juntamente com o grande teólogo e filósofo Anselmo da Cantuária, fazemos a pergunta Cur deus homo? Por que o Deus-homem? Quando olhamos para a resposta bíblica a essa pergunta, vemos que o propósito por detrás da encarnação de Cristo é cumprir a Sua obra como o Mediador designado por Deus. É dito em 1 Timóteo 2:5: “Porquanto há um só Deus e um só Mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, homem, o qual a si mesmo se deu…”. A Bíblia fala sobre muitos mediadores com um “m” pequeno ou minúsculo. Um mediador é um agente que se interpõe entre duas partes que estão distantes e necessitam de reconciliação. Mas quando Paulo escreve a Timóteo sobre um Mediador solitário, um Mediador único, com um “M” maiúsculo, ele está a referir-se a esse Mediador que é o intercessor supremo entre Deus e a humanidade caída. Este Mediador, Jesus Cristo, é de facto o Deus-homem.

Nos primeiros séculos da Igreja, com o ofício de mediador e o ministério da reconciliação em vista, a igreja teve de lidar com movimentos heréticos que perturbariam o equilíbrio desse carácter mediador de Cristo. O nosso único Mediador, que permanece como um agente para reconciliar Deus e o homem, é Aquele que participa tanto na divindade como na humanidade. No Evangelho de João, lemos que foi o eterno Logos, o Verbo, que se fez carne e habitou entre nós. Foi a segunda pessoa da Trindade que tomou sobre Si uma natureza humana para operar a nossa redenção. No século V, no Concílio de Calcedónia, em 451, a igreja teve de lutar contra um ensino estranho chamado heresia monofisita. O termo monofisita é derivado do prefixo mono, que significa “um”, e da raiz phusis, que significa “natureza” ou “essência”. O herético Êutico ensinou que Cristo, na encarnação, tinha uma única natureza, que ele chamou “natureza teantrópica”. Essa natureza teantrópica (que combina a palavra theos, que significa “Deus”, e anthropos, que significa “homem”) dá-nos um Salvador que é um híbrido, mas sob cuidadoso exame seria visto como aquele que não era Deus nem homem. A heresia monofisita obscureceu a distinção entre Deus e o homem, dando-nos uma humanidade deificada ou uma deidade humanizada. Foi contra o pano de fundo dessa heresia que o Credo de Calcedónia insistiu que Cristo possui duas naturezas distintas: divina e humana. Ele é vere homo (verdadeiramente humano) e vere Deus (verdadeiramente divino, ou verdadeiramente Deus). Essas duas naturezas estão unidas no mistério da encarnação, mas é importante de acordo com a ortodoxia cristã que entendamos que a natureza divina de Cristo é plenamente Deus e a natureza humana é plenamente humana. Assim, essa pessoa que tinha duas naturezas, divina e humana, era perfeitamente adequada para ser o Mediador entre Deus e os homens. Um concílio anterior da igreja, o Concílio de Nicea em 325, declarou que Cristo veio “para nós homens e para a nossa salvação”. Ou seja, a Sua missão era preencher a lacuna que existia entre Deus e a humanidade.

É importante observar que, para Cristo ser nosso Mediador perfeito, a encarnação não foi uma união entre Deus e um anjo, ou entre Deus e uma criatura inferior como um elefante ou um chimpanzé. A reconciliação necessária era entre Deus e os seres humanos. No Seu papel como Mediador o Deus-homem, Jesus assumiu o ofício de segundo Adão, ou o que a Bíblia chama último Adão. Ele entrou numa solidariedade corporativa com a nossa humanidade, sendo um representante como Adão na sua representação. Paulo, por exemplo, na sua carta aos Romanos faz um contraste entre o Adão original e Jesus como o segundo Adão. Em Romanos 5, versículo 15, ele diz: “…porque, se, pela ofensa de um só, morreram muitos, muito mais a graça de Deus e o dom pela graça de um só homem, Jesus Cristo, foram abundantes sobre muitos”. Aqui observamos o contraste entre a tragédia que veio sobre a raça humana por causa da desobediência do Adão original e a glória que vem aos crentes por causa da obediência de Cristo. Paulo continua a dizer no versículo 19: “Porque, como, pela desobediência de um só homem, muitos se tornaram pecadores, assim também, por meio da obediência de um só, muitos se tornarão justos”. Adão tinha a função de mediador, e ele falhou miseravelmente na sua tarefa. Esse fracasso foi corrigido pelo sucesso perfeito de Cristo, o Deus-homem. Lemos depois, na carta de Paulo aos Coríntios, estas palavras: “Pois assim está escrito: O primeiro homem, Adão, foi feito alma vivente. O último Adão, porém, é espírito vivificante. Mas não é primeiro o espiritual, e sim o natural; depois, o espiritual. O primeiro homem, formado da terra, é terreno; o segundo homem é do céu. Como foi o primeiro homem, o terreno, tais são também os demais homens terrenos; e, como é o homem celestial, tais também os celestiais. E, assim como trouxemos a imagem do que é terreno, devemos trazer também a imagem do celestial” (1Cor 15:45-49).

Vemos assim o propósito do primeiro advento de Cristo. O Logos tomou sobre Si uma natureza humana, o Vebo se fez carne para realizar a nossa redenção cumprindo o papel de perfeito Mediador entre Deus e o homem. O novo Adão é o nosso campeão, o nosso representante, que satisfaz as exigências da lei de Deus e obtém para nós a bênção que Deus prometeu às Suas criaturas se obedecêssemos à Sua lei. Como Adão, não conseguimos obedecer à lei, mas o novo Adão, o nosso Mediador, cumpriu perfeitamente a lei por nós e obteve para nós a coroa da redenção. Esse é o fundamento para a alegria do Natal.

R.C. Sproul
In “Voltemos ao Evangelho”


Uma ilustração


Scorpion
Monge e discípulos iam por uma estrada e, quando passavam por uma ponte, viram um escorpião a ser arrastado pelas águas. O monge correu pela margem do rio, meteu-se na água e tomou o bichinho na mão. Quando o trazia para fora, o bichinho o picou e, devido à dor, o homem deixou-o cair novamente no rio.
Foi então à margem tomou um ramo de árvore, adiantou-se outra vez a correr pela margem, entrou no rio, colheu o escorpião e salvou-o. Depois disto o monge juntou-se aos discípulos na estrada. Eles assistiram à cena e receberam este Monge com perplexidade e preocupação.
- Mestre, deve estar com bastantes dores! Por que é que foi salvar esse bicho perigoso e venenoso? Que se afogasse! Seria um a menos! Veja como ele respondeu à sua ajuda! Picou a mão que o salvara! Não merecia a sua compaixão!
 monge ouviu tranquilamente os comentários e respondeu:
- Ele agiu conforme a sua natureza, e eu de acordo com a minha.
Esta parábola deve fazer-nos refletir na forma de melhor compreender e aceitar as pessoas com que nos relacionamos. Não podemos e nem temos o direito de mudar o outro, mas podemos melhorar as nossas próprias reações e atitudes, sabendo que cada um dá o que tem e o que pode. Devemos fazer a nossa parte com muito amor e respeito ao próximo. Cada qual conforme a sua natureza, e não conforme a do outro.
Este princípio aplica-se, por maioria de razão entre os crentes.
Um pecador remido pelo sangue de nosso Senhor Jesus Cristo vertido na cruz do Calvário possui uma nova natureza e a sua ação deve ser pautada pelas leis que Deus gravou no seu coração.
Porém, a velha natureza coabita ainda e se desprezarmos esta verdade, certo é que baixaremos as defesas e não nos aperceberemos que muitas vezes é a nossa concupiscência que domina e nos leva a agir contrariamente à vontade de Deus. Oiçamos o testemunho de Paulo: “Porque eu sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita bem algum; e com efeito o querer está em mim, mas não consigo realizar o bem. Porque não faço o bem que quero, mas o mal que não quero esse faço. Ora, se eu faço o que não quero, já o não faço eu, mas o pecado que habita em mim.” (Romanos 7:18-20)
Dentro do filho de Deus coexistem o velho homem e o novo, a carne e o Espírito. O velho homem, a carne, embora crucificado não está realmente morto. Essa velha natureza continua a ter uma força suficiente para induzir ao pecado. Porém, essas características não pertencem ao novo homem. Pelo contrário, o novo homem - interior - tem prazer na lei de Deus, e se entristece quando comete pecado. “De maneira que, agora, já não sou eu que faço isto, mas o pecado que habita em mim Porque eu sei que, em mim, isto é, na minha carne, não habita bem algum...”. (Romanos 7:17-18)
A incapacidade de reconhecer e distinguir essas duas naturezas é a base do mal-estar que se vive nalguns momentos nas igrejas, entre os irmãos.
Podemos ficar magoados ou tristes com a atitude de um ou outro irmão(ã) para connosco, mas isso nunca, em circunstância alguma, pode ser usado para retribuir comportamento idêntico da nossa parte para com esse irmão(ã).
Teremos nós a noção de quantas vezes magoámos, ofendemos ou entristecemos o nosso irmão?
Que o Espírito do Senhor que habita em nós, nos fortaleça e santifique diariamente.

AVO
in Jubilai
9 dezembro 2018