Para entendermos a história do Natal,
precisamos de retroceder no tempo. Não retroceder apenas alguns milhares de
anos até o nascimento de Jesus, mas precisamos de fazer todo caminho de volta,
até aos nossos primeiros pais, Adão e Eva. Deus colocou-os no exuberante e
perfeito jardim do Éden. Eles tinham tudo o que precisavam. Era perfeito.
Porém, eles pecaram. Como consequência, Deus expulsou-os do Paraíso. Agora,
Adão e Eva viviam sob a maldição. Mas, ao mesmo tempo que Deus pronunciou a
maldição, trovejando desde o céu, Ele também lhes deu uma promessa.
Deus deu a Adão e Eva a
promessa de uma Semente, uma Semente que nasceria de uma mulher. Aquela Semente
rectificaria tudo o que estava errado. Ela tornaria íntegro tudo o que havia
sido quebrado. Essa Semente traria paz e harmonia onde a discórdia e os
conflitos assolavam como um mar agitado pela tempestade.
No Antigo Testamento, o
terceiro capítulo do primeiro livro, Génesis, fala-nos sobre conflito e
inimizade. Adão e Eva, que conheciam apenas a experiência da tranquilidade,
agora estavam presos em conflito amargo. Até mesmo o solo se tornaria um
desafio. O ser afligido pelos espinhos seria uma lembrança constante. Até a
Semente prometida entraria nesse conflito, lutando contra a Serpente, o grande
arruinador. Mas Génesis 3 promete que a Semente venceria a Serpente,
assegurando a vitória final e inaugurando a paz contínua.
A Semente, no entanto,
demoraria a vir.
Adão e Eva tiveram Caim
e Abel, e nenhum destes era a Semente. Quando Caim matou Abel, Deus deu Sete a
Adão e Eva, um pouco de graça num mundo muito atribulado. Mas Sete não era a
Semente. Seguiram-se mais filhos. Gerações vieram e gerações passaram.
Até que Abraão surgiu
no palco do mundo. Deus chamou esse homem nos tempos antigos para fazer dele e
da sua esposa, Sara, uma grande nova nação que seria um farol de luz para um
mundo perdido e sem esperança. Mais uma vez Deus faz uma promessa, agora a esse
casal: uma Semente, um filho. Eles pensaram que era Isaque. Mas Isaque morreu.
Esta história
repetiu-se de geração em geração, antecipando aquele que viria, o qual
rectificaria todas as coisas e traria a paz. Até uma viúva chamada Noemi e sua
nora também viúva, Rute, entraram nesta história. Elas viviam em circunstâncias
desesperadas. Não havia redes sociais para registar o declínio de tais pessoas
marginalizadas no mundo antigo.
Sem maridos e filhos,
sem direitos e recursos, as viúvas viviam de refeição em refeição. Elas viviam
por um fio de esperança. Então, veio Boaz. Boaz conheceu Rute e eles
casaram-se. Em pouco tempo, um filho, uma semente, nasceu a Rute. Esse filho
seria um restaurador da vida, um redentor. Mas ele era apenas uma sombra da
Semente por vir. Ele também morreu.
O filho nascido de Rute
e Boaz recebeu o nome de Obede, que teve um filho chamado Jessé. Jessé teve
muitos filhos, e um deles era pastor. Uma vez esse pastor pegou num punhado de
pedras e derrubou um gigante. Ele enfrentou leões. Ele também era um músico.
Para surpresa de todos, até mesmo de seu pai, esse filho de Jessé, bisneto de
Rute e Boaz, foi ungido rei de Israel.
Enquanto David estava
no trono, Deus deu outra promessa directamente a ele. Era outra promessa sobre
um filho. Deus disse que o filho de David seria rei para sempre e que o seu reino
não teria fim. Essa era a promessa de Deus.
Por: Stephen Nichols.
Tradução: Camila Rebeca Teixeira.
Revisão: William Teix
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