O Culto do Corpo

A nossa sociedade vive de estereótipos (padrões pré-concebidos). Um deles é o do corpo perfeito. Tanto homens como mulheres são apanhados nesta malha da beleza física.

O sexo feminino para alcançar os padrões de beleza que lhes vai na cabeça, privam-se de alguns alimentos, põem silicone aqui e ali, tiram gorduras de uma ou outra parte submetem-se a operações de estética, alterando o formato do nariz, do queixo, eliminando rugas, puxando e repuxando a pele até conseguir disfarçar a passagem dos anos. Passam horas em ginásios em gabinetes de estética.

Tudo isto traz consequências sérias à saúde. Quando não se consegue atingir os padrões de corpo perfeito veiculados pelos diversos anúncios na comunicação social há pessoas que passam por quadros de depressão, transtornos alimentares anorexia e bulimia) e outras obsessões.

A pele pálida e branca deixou de ser, há muito tempo, sinónimo de beleza. A pele beijada pelo sol, com um tom mais escuro torna a aparência da pessoa mais jovem, mais saudável e mais bonita.

Por isso os auto-bronzeadores e os solários são técnicas muito procuradas actualmente. Esta última opção pode provocar sérios danos à pele com consequências bem nefastas para saúde.

Vivemos na envolvência desta sociedade e não podemos deixar de sentirmos a pressão dos “media”, e a mulher crente pode sentir esta tentação de não querer “perder o comboio”, especialmente se está envolvida numa atividade profissional.

Honoré Balzac foi um produtivo escritor francês do séc. XIX que ficou notável pelas suas pertinazes observações psicológicas. Eis uma delas: Deve deixar-se a vaidade aos que não têm outra coisa para exibir.

A Palavra de Deus alerta-nos várias vezes para a perenidade da vida terrena. O apóstolo Pedro refere-se à vida do ser humano do seguinte modo: Porque toda a carne é como a erva, e toda a glória do homem como a flor da erva. Secou-se a erva e cai a sua flor. (I Pedro 1:24)

Muitos séculos antes já Moisés, inspirado por Deus, escrevia o seguinte acerca da fragilidade do homem: …são como a erva que cresce de madrugada. De madrugada cresce e floresce; á tarde corta-se e seca-se.” (Salmo 90:5,6)

O nosso corpo é o templo do Espírito Santo, como a Palavra de Deus nos diz, e por isso deve ser cuidado, preservado e não cometer atentados à sua integridade, isso é um facto. Porém há algo de muito mais importante em cada uma de nós. Temos uma alma imortal. Importa “cuidar dela” em primeiro lugar.

O corpo que possuímos, mais dia menos dia vai ser destruído, e o nosso espírito partirá para Deus, para uma eternidade na presença do Senhor. 

É este pensamento que deve nortear a nossa vida.

Cuidar deste corpo, sim (Deus o formou no ventre materno), mas não o devemos idolatrar e exibi-lo atraindo a concupiscência dos olhos e dos sentidos. 

Meditai no que Deus diz por intermédio de Paulo: Porque fostes comprados por um bom preço; glorificai, pois, a Deus, no vosso corpo e no vosso espírito, os quais pertencem a Deus(I Coríntios 6:20)

Mulheres! Estamos a glorificar a Deus com o nosso corpo, ou servindo ao Diabo?

Avo
Publicado no jornal Jubilai
Ano XXI, Número 82
3 junho 2018

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