Tempos difíceis
A situação que vivemos exige de todos nós uma forma diferente
de viver, de conviver e de percepcionar tudo aquilo que está à nossa volta.
De repente passámos a viver uma realidade que não encontra
paralelo neste princípio de século XXI. Só recuando até aos anos vinte do século
passado é que podemos encontrar alguma semelhança.
A sociedade tornou-se menos consumista de bens não essenciais,
grande parte das famílias passaram a ter mais tempo de comunhão, generalizou-se
o ensino doméstico, e os pais tiveram de re-inventar brincadeiras e jogos para
ocupar o tempo livre dos filhos. Grande desafio!
Mas também temos sequelas desta situação. A economia estagnou
e a sua recuperação vai ser longa e difícil para as empresas e famílias.
Para além destas vertentes sociais importa, como cristãos,
atentar para o facto de não termos a possibilidade de nos associarmos na adoração
a Deus na Casa de oração.
Temos saudades? É bom ter esse sentimento. Sentimos a falta
da pregação e do ensino bíblico presencial? Falta-nos a comunhão pessoal com os
nossos irmãos? O abraço, a palavra de conforto, o carinho…?
A resposta a todas estas afirmações será sim, por certo. Mas
a prova da sinceridade dessa afirmação será testada quando o Senhor permitir
que a vida volte à normalidade e os templos sejam abertos. Será que corremos
com ânsia para lá? Com rostos alegres e não como se cumpríssemos um dever ou um
ritual “domingueiro”? Ou encontrámos uma nova forma de passar os domingos:
pantufas, pijama e sofá?
Se o Deus nos der vida saberemos em breve, a resposta a todas
estas perguntas.
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