A mulher cristã contra o mundo

Todos concordam que a macro cultura ocidental é responsável pela degeneração dos valores contidos no Evangelho, valores estes destinados à sociedade em geral.
A invenção do ateísmo no século XIX demonstra até onde vai a depravação humana contra Deus conforme revelado na carta de Paulo aos Romanos, capítulos um e dois. Nesse mórbido contexto encontramos o que considero a mais aberrante ação humana contra a Lei divina: a relativização dos princípios imutáveis das Escrituras que adequa o Evangelho às insanidades culturais. Deveria ser ao contrário: o Evangelho moldando o mundo.

É disso exemplo o papel da mulher na família e na sociedade. Antes de tudo quero reiterar minha total repulsa ao pecado do machismo onde o homem se acha no direito de humilhar a mulher diante da auto-afirmação masculina. O machismo é pecado e fere princípios básicos de relacionamentos conforme Gálatas 3:28 e Efésios 5:21 a 33, para citar apenas dois textos sagrados. Da mesma forma, o pecado do feminismo (aliás, todo “ismo” é pecado quando se coloca no lugar de Deus e da sua Lei) tem-se alastrado pelo mundo fora, e a igreja, que caminha na retaguarda, tenta adaptar-se em nome do “politicamente correto”.

Fico estarrecido como o lugar funcional da mulher, segundo o mundo, está a contaminar  as igrejas, indo contra a vontade de Deus. Vale a pena lembrar que a família, segundo o Criador, é o microcosmo paradigmático do mundo, isso mesmo, o lar cristão é o modelo para a igreja em geral e para a sociedade como um todo. Neste sentido, quero refletir rapidamente sobre o papel da mulher crente na família, igreja e sociedade. Precisamos de repensar qual é o modelo de Deus para a mulher nos dias de hoje. Vejamos três itens:
  1. A mulher deve criar os filhos e ser boa dona de casa: Eu sei que a sensação das pessoas que lêem um subtítulo como este é de desconforto e até mesmo indignação. Mas é exactamente isso que Paulo recomenda a Timóteo no seu ensino e pastoreio às mulheres:
    “Quero, pois, que as que são moças se casem, gerem filhos, governem a casa, e não dêem ocasião ao adversário de maldizer.” (1 Tm 5:14)
    Embora a recomendação seja às jovens, o princípio aplicado é geral. Toda a mulher cristã deve saber administrar o lar, conduzindo-o ordeiramente. É uma lástima ver que tantas médicas, engenheiras, advogadas, psicólogas, secretárias, executivas, etc, são incapazes de cozinhar, passar, proporcionar e manter a sua casa limpa e bem cuidada. Tais mulheres não cumprem uma ordem clara do Evangelho quanto ao seu papel no lar. Pior quando não dispõem de tempo para cuidar dos seus filhos. Podemos concluir que uma mulher cristã que não é boa dona de casa, é uma esposa/mãe anti-bíblica.

  2. A mulher deve sujeitar-se ao marido: Este é outro princípio que foi corroído pelo pecado social. O princípio de autoridade é claro na sua determinação funcional, lembrando que este princípio foi estabelecido pelo modelo da criação (1 Tm 2:9-15). Paulo fala claramente sobre isso a Tito no tocante ao ensino e pastoreio:
    “As mulheres idosas, semelhantemente, que sejam sérias no seu viver, como convém a santas, não caluniadoras, não dadas a muito vinho, mestras  no bem, para que ensinem  as mulheres novas  a serem prudentes, a amarem os seus  maridos, a amarem os seus filhos, a serem moderadas, castas, boas donas de casa, sujeitas aos seus maridos, a fim de que a palavra de Deus não seja blasfemada.” (Tt 2:3–5).
    O motivo da submissão é simples, para que as Escrituras não sejam difamadas. Todavia, é triste assistir à imitação (por parte da igreja e de seus lares) dos modelos sociais que até colocam uma mulher no lugar de maior autoridade da nação. Se alguém duvida desta distorção, basta ver os cargos que as mulheres estão a exercer nas igrejas locais, e não me refiro às “pastoras”, “presbíteras” ou “episcopisas” (vulgarmente chamadas de “bispas”), refiro-me aos púlpitos e às salas de aulas repletas de varões como alunos que possuem uma mulher à frente.

  3. A mulher deve ser recatada no seu traje: Esse assunto é complicadíssimo dentro da igreja. Sempre tenho ensinado ao meu rebanho que a mulher deve ser atraente, mas nunca sensual. O problema é que quanto mais as roupas diminuem de tamanho, comprimindo o corpo, mais a igreja se adapta a isso. É deprimente ver mulheres crentes vulgarizarem o corpo numa calça “coleante”, numa blusa curta de alcinha, num vestido apertado que marca a roupa íntima ou numa mini-saia que mais revela do que esconde. Quanto a isso temos:“Que do mesmo modo, as mulheres se ataviem em traje honesto, com pudor e  modéstia… mas (como convém a mulheres que fazem profissão de servir a Deus) com boas obras.” (1 Tm 2:9,10)

O que Paulo está dizendo é que nenhuma mulher crente se pode vestir como as vulgares ou prostitutas da sociedade. Isso deve ser um imperativo numa sociedade que sexualiza crianças de até quatro ou cinco anos de idade.
Será que esses itens supracitados chocam a nossa mente? A impressão que deixam é que são estruturados no radicalismo intransigente e arcaico? Em minha opinião, se alguém que se diz crente pensa assim é porque está longe do padrão da Palavra de Deus. Além de que, a própria sociedade laica deveria seguir este modelo na íntegra por se tratar de um padrão divino para todos.
Muitos cristãos têm se levantado contra as leis que favorecem a união homossexual ou outras decisões que escandalizam e golpeiam o coração e a mente do fiel. Tais lutas são legítimas e coerentes com o espírito do Evangelho. Mas eu creio que o problema na igreja é muito mais subtil e muito mais profundo, age como um cancro silencioso e assintomático que corrói a igreja por dentro. E nisto muitos estão em silêncio ou nem todos estão de acordo.
Reafirmo que a família cristã é o modelo para a igreja que, por sua vez, é o modelo correto para a sociedade. Nós é que deveríamos estar na vanguarda sem abrir mão dos valores divinos. Mas o que percebemos é que as igrejas estão no final da fila tentando adaptar-se ao mundo, ao mesmo tempo que correm lamentavelmente atrás do prejuízo.
Que Deus nos fortaleça nas nossas convicções e que a Sua misericórdia continue pairando sobre nós.

Sola Scriptura.

Autor: Alfredo de Souza 
Fonte: E a Bíblia com isso?
artigo reproduzido no
no jornal Jubilai
Ano XXI, Número 82
3 junho 2018

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