Um novo parto

Porque a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós um peso eterno de glória mui excelente (II Cor. 4:17).
Estas palavras deveriam bastar para que nos sentissemos encorajados diante das tribulações e provas que sobrevêm à nossa vida.
Se cremos nas Sagradas Escrituras, como Palavra divina (e Deus não é homem para se enganar ou mentir) devemos compreender bem o sentido profundo desta afirmação de Paulo. Tudo aquilo por que possamos passar nesta vida, por mais desagradável que seja, é algo que se pode caracterizar por “leve” e “transitório”, ou seja, momentâneo, quando comparado com a eternidade, que é um “peso” glorioso.
O que espera o crente na eternidade é a “glória”, e uma glória pesada, isto é, não se pode comparar com algo que nós conheçamos, é mais valiosa do que possamos calcular e não é passageira, mas eterna, algo que também é impossível discernir com as nossas mentes finitas.
As tribulações fazem parte da existência humana. Elas são herança do pecado. E quando a Palavra de Deus nos diz que elas são leves, não significa que o sejam em si mesmas, pois algumas delas são bem dolorosas. Mas elas são comparativamente leves se pensarmos no peso de glória que nos aguarda.
Que Deus nos capacite a analisar as nossas tribulações na sua devida perspetiva.
Fotografia da Net
As tribulações não só nos ajudam a preparar-nos para a glória do porvir, como afastam o nosso coração do amor ao mundo.
Um filho de Deus não deve viver amargurado com a ideia de um dia deixar esta vida.
Quando entrámos nesta peregrinação, também tivemos de deixar o nosso lugar de gestação. O seio materno foi o local próprio para os nossos primeiros meses de vida. Não fazia sentido continuarmos no mesmo local, quando a nossa estrutura física já estava completa e adaptada para vivermos noutras circunstâncias.
O mesmo se passará quando chegar o momento de sermos chamados à presença de Deus. Nessa altura já não fará sentido vivermos neste mundo porque o Senhor já terá desenvolvido a nossa “maturidade espiritual” e estamos prontos para passarmos a viver “noutro local”. Será o nosso próximo “parto”. Não morreremos, mas entraremos noutra vida. Uma vida perfeita, sem morte, pranto, clamor ou dor (Apoc. 21:4).
Assim como nossos pais aguardaram a nossa chegada a este mundo, o nosso Pai do céu estará também aguardando a nossa chegada à Sua presença.
E ouviremos as palavras do nosso Salvador, o Senhor Jesus Cristo:
"Vinde, benditos de meu Pai, possuí por herança o reino que vos preparado desde a fundação do mundo. (Mat. 25:34).
Avo

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